PLANTIO

PLANTIO
PLANTIO
(Genaura Tormin)

Deus,
Senhor dos mares e montes,
Das flores e fontes.
Senhor da vida!
Senhor dos meus versos,
Do meu canto.

A Ti agradeço
A força para a jornada,
A emoção da semeadura,
A alegria da colheita.

Ao celeiro,
Recolho os frutos.
Renovo a fé no trabalho justo,
Na divisão do pão,
. E do amor fraterno.

segunda-feira, 9 de março de 2009

Prefácio para "NAS TARDES DE OUTONO"





TARDES DE OUTONO
(Genaura Tormin)

O poeta é como a chuva: dá nova roupagem à vida, faz brotar as flores e do amor faz sua meta maior, vestindo de verde todos os momentos, todos os tormentos... E na fantasia deixa rolar o sonho maior do que a estrela.
É assim Josefa Alteff em “Mãos vazias”, cujos poemas deixam vazar uma sensibilidade quente, gritante, fêmea, que nos faz parceiros desde o primeiro verso.

A autora, que de repente sentiu-se poeta quando a vida ceifou-lhe entranhas, recolheu-lhe razões de vida, numa catarse, supera os seus próprios limites, e com graça e beleza rastreia sua emoção, emendando retalhos para reconstruir seu mundo. E da dor emerge a poesia, linda, voejante, doce, triste, solitária... questionadora, em que a figura principal é o ser humano com seus encontros e desencontros, perdas e conquistas

“Na lucidez dos loucos,/ desvesti a saudade/ e caminhei no espaço. Nos retalhos de solidão,/ soltei a emoção,/ e é possível,/ que ainda torne a chorar”.

Josefa Alteff é uma artista de versos! Embora não haja obtido diploma universitário, é doutora pela escola da vida, pelos sofrimentos que lhe lapidaram a alma, deixando à amostragem os versos soltos ao vento, que marcam a sua liberdade, pois “as aves nunca cantam nas grutas” - como disse Thorean.
Relembrando momentos ou vivendo sua fantasia, a autora mostra-se por inteira:

“Nas veias,/ o sangue se agita,/ remexe a emoção./ A carne erótica geme,/ se sacode,/ cambaleia/ no meu corpo de mulher./ Na imaginação,/ o cheiro de macho,/ o olhar ouriçado/ a domar a fera/ que existe em mim”.

É um belo livro! Valeu a pena! Aliás, tudo vale a pena quando a alma não é pequena.
Mas, Mãos Vazias é exemplo de uma incessante busca, de uma restruturação de si mesma no vasto campo do existir, onde a ordem é aperfeiçoar-se, como sua autora diz poetando:

“A vida é um palco./ A ordem é representar. Permito-me o limite./ A missão é coragem. Rompem-se mordaças,/ a sede é voraz,/ a liberdade tão longe”.

Parabéns, poeta! Você merece!

Primavera de 1997

Genaura Tormin
- Escritora -

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Era uma luz no fim do túnel e eu não podia perder.
Era a oportunidade que me batia à porta.
Seria uma Delegada de Polícia, mesmo paraplégica!
Registrei a idéia e parti para o confronto.
Talvez o mais ousado de toda a minha vida.
Era tudo ou NADA!
(Genaura Tormin)



"Sou como a Rocha nua e crua, onde o navio bate e recua na amplidão do espaço a ermo.
Posso cair. Caio!
Mas caio de pé por cima dos meus escombros".
Embora não haja a força motora para manter-me fisicamente ereta, alicerço-me nas asas da CORAGEM, do OTIMISMO e da FÉ.

(Genaura Tormin)