PLANTIO

PLANTIO
PLANTIO
(Genaura Tormin)

Deus,
Senhor dos mares e montes,
Das flores e fontes.
Senhor da vida!
Senhor dos meus versos,
Do meu canto.

A Ti agradeço
A força para a jornada,
A emoção da semeadura,
A alegria da colheita.

Ao celeiro,
Recolho os frutos.
Renovo a fé no trabalho justo,
Na divisão do pão,
. E do amor fraterno.

segunda-feira, 21 de maio de 2012

APENAS UMA PALAVRA E UM ABRAÇO


APENAS UMA PALAVRA E UM ABRAÇO
(Genaura Tormin)


Queridos amigos:
Doutor Gentil e Regina,  
 Junto-me a vocês nessa saudade. Empresto-lhes o colo, o ombro e o verbo, embora saiba que nesses momentos todas as palavras ficam arcaicas, vazias, obsoletas... 
    A melhor linguagem seria mesmo o silêncio. 
    Dona BOADINA não morreu! Apenas partiu primeiro! 
    Tentando acalentar, afirmo que o corpo físico é somente uma vestimenta da alma, enquanto caminheira por este planeta. Entretanto o que mais nos acalenta agora é a certeza do reencontro. 
    Não estamos aqui por acaso! O Criador nos fez à sua imagem e semelhança. Não seria justo se fôssemos apenas matéria finalizada numa tumba fria. O Senhor sabe o que faz! 
    Doutor gentil, já era chegada a hora de sua mãe! E ela se foi, leve e livre, com a missão cumprida e bem cumprida, cuja prole, tão bem esculpida em valores morais, éticos e cristãos, é a estampa de suas mãos benfeitoras e do grande amor que lhe comandava a existência. Dona BOADINA foi singrar outros mares, passear sem o peso de sua farda de carne! Foi conhecer outras maravilhas, esquecer o sofrimento que lhe recolheu ao leito e à UTI. 
    Num corpo etéreo, ela estará sempre entre vocês, velando pela família que aqui construiu e amou. Pense nisso! A existência é um aprendizado duro. É uma constante superação de obstáculos. Somente com esse material poderemos construir asas e alçarmos ao céu. E sua mãe foi pra lá, viu! 
    A cada dificuldade, fico a pensar que um bem maior está a caminho. Como a raposa do Pequeno Príncipe (Saint Exupery), começo a ser feliz por antecipação. 
    Isso é uma verdade e eu a comprovo a cada subida, apoiada em tantas muletas que me fazem gemer a dor da escalada. 
    A morte também é uma compensação assim e muito, muito melhor. Sei que não morremos, apenas emergimos do casulo para voar, feito borboleta. 
    Nós somos tão pequenos, egoístas e não procuramos entender os desígnios do Criador. A vida, ele nos deu! Ele nos tira quando chega a hora! Quando a missão estiver cumprida. 
    Mesmo sabendo que essa passagem por aqui é apenas uma viagem, um curso de pós-graduação para que se possa ascender a patamares mais altos, e que há um Deus perfeito e maravilhoso que nos espera para outras jornadas, outros afazeres, quedamos-nos abatidos diante da partida. 
    Tudo fica revirado. Parece um tornado que nos tenta levar a alma. A gente fica inerme, fragilizado, feito fantasmas ambulantes, a perambular sem rumo. 
    Contudo, saibam que os seus entes queridos, que já partiram, dar-lhe-ão guarida e afeto, ciceroneando-a pelos novos caminhos. Disso, tenho certeza. 
    Força, amigo! Pegue seu fardo e siga! 
    Para a saudade não há remédio nem conserto. Ela terá lugar permanente em nossos corações, pois somos seres gregários, sensíveis e gratos, principalmente a quem nos trouxe à vida, nos alimentou com a seiva do próprio ser, fazendo-nos crescer no caminho do bem e do amor. 
    Vocês estarão sempre num lugarzinho cativo no meu coração. 
    Deus os abençoe! 
    Beijos da Genaura Tormin

Maio de 2012

quarta-feira, 16 de maio de 2012

SOMOS AMIGOS OU NÃO SOMOS?



SOMOS AMIGOS OU NÃO SOMOS
(Genaura Tormin)

Pois é:
Um amigo divide o lanche,
A piada, as risadas, as fofocas...
Divide as  experiências,
As conquistas, as dores,
As culpas e os segredos.

 

E agora estou dividindo com vocês um livro que recebi. Chama-se CONCURSO PÚBLICO E CONSTITUIÇÃO.   Na contracapa, o informe:

“Esta obra objetiva analisar o regime constitucional dos concursos públicos. Por meio de estudos profundos, tendo como pano de fundo o processo evolutivo do direito administrativo e o exame da jurisprudência recente, os autores estudam a aplicação das regras e princípios constantes da Constituição da República de 1988 aos concursos realizados pela Administração Pública.

Trata-se de estudo pioneiro, indispensável à compreensão dos processos seletivos públicos em seus diversos aspectos, como a obrigatoriedade da realização de concurso, configuração das provas, cautelas da Administração, direitos dos candidatos e regime jurídico dos cargos públicos, dentre outros.

Por tais razões, afigura-se como obra de estrema relevância para todos aqueles que, ao se disporem a estudar o Direito Administrativo ou a Administração Pública, necessariamente terão contato com o instituto do concurso público”.
 

A surpresa foi o carinho estampado numa dedicatória linda, e, ainda, no bojo do livro encontrar um valoroso estudo sobre CONCURSO PARA PORTADORES DE DEFICIÊNCIA, encabeçado por um poema de minha lavra.
 

Agradeço muitíssimo ao autor,  Dr. Fabrício Motta, mestre em Direito Administrativo, Coordenador do Curso de Pós-Graduação e Procurador do Ministério Público. Reconheço o excelente e necessário conteúdo dessa obra jurídica, e divido a honra que me foi conferida com vocês, pois somos poetas, não somos?


Beijo grande da Genaura Tormin

domingo, 13 de maio de 2012

MAMÃE O SEU LUGAR FICOU VAZIO


MAMÃE O SEU LUGAR FICOU VAZIO
(Genaura Tormin)

Minha mãe,
A sua cadeira ficou vazia!
Mas você está sempre no meu coração,
Na minha saudade tão dolorida.

E hoje,
No dia das Mães,
Você esteve em tudo que eu fazia:
Nos abraços, entre  os filhos,
Os netos, a família...

As horas passam céleres,
O dia acaba
E as palavras não vêm.
Parece que não sei mais
Bordá-las no papel.

Só a sua imagem serena,
Os seus olhos azuis,
Fitam-me com doçura,
Como se quisesse
Algo me dizer.

Naquela mesa faltou você!
A sua presença, a sua alegria!
Ser órfã dói,
E eu não sabia disso!
Estou pedindo alforria!

terça-feira, 1 de maio de 2012

O TRABALHO TUTELADO PELO DIREITO


O TRABALHO TUTELADO PELO DIREITO
(Genaura Tormin)

Somos uma Nação organizada, tutelada! Todo poder emana do povo e em seu nome será exercido, diz a nossa Lei Maior.
Como princípios fundamentais encontram-se a cidadania, a dignidade da pessoa, os valores sociais do trabalho, entre outros.

E o trabalho remonta aos tempos do homo sapiens, das cavernas, por estar ligado à sobrevivência. Trabalho significa dignidade. É a possibilidade de o ser humano conseguir o sustento da família, sem ajudas vexatórias. Daí a frase que costumo repetir: Não se deve dar ao homem o que ele pode conseguir com o fruto do seu trabalho sob pena de roubar-lhe a dignidade.

Com o passar dos séculos e com a evolução dos povos, naturalmente, necessário se fez a normatização das condutas, consuetudinária ou não, para garantir direitos às relações entre os indivíduos.

E no século passado, mais precisamente, nos idos de 1934 a 1937, no nosso torrão brasileiro, sob o domínio de um Presidente altruísta e determinado, o gaúcho Getúlio Vargas, homem de grande visão política das condições existenciais daquela época, nascia as Comissões Mistas de Conciliação e Julgamento, embrião que veio a se transformar na JUSTIÇA DO TRABALHO, braço do Poder Judiciário, vislumbrada na Constituição do Brasil, ainda getulina, de 1946.

Conhecedora da sua eficácia, por integrar-lhe os quadros há alguns anos e por me preocupar com o lado sociológico do nosso povo, posso afirmar sem medo de errar, que se trata da justiça mais acessível, mais célere e a mais democrática deste país! Uma Justiça que se aperfeiçoa a cada dia, para bem cumprir o seu desiderato.


É uma conquista e uma necessidade para resguardar as relações sociais, também advindas do crescimento da tecnologia, principalmente da informática, industrialização, globalização, cujas lides processuais sobrecarregam o Judiciário.

Trata-se de uma Justiça Especializada, como a de vários outros países do mundo, como a da Alemanha que se parece muito com a nossa, a da Inglaterra, a da Suécia, a da França, a da Bélgica e outras mais.

E hoje é o DIA 1º DE MAIO, dia mundial do trabalho! É com o trabalho que se erradica a pobreza, a marginalização, reduzindo as desigualdades sociais, garantindo-se o Estado Democrático de Direito.

É de bom alvitre lembrar que já somos a sexta maior economia do mundo, graças ao trabalho daqueles que com o suor do rosto e com as mãos laboriosas elevaram o país  a esse patamar.

Rendo homenagens a todos nós, trabalhadores do meu Brasil, "terra abençoada por Deus e bonita por natureza".

LEVE, LIVRE & SOLTA!


Sejam bem vindos!
Vocês alegram a minh'alma e meu coração.

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Era uma luz no fim do túnel e eu não podia perder.
Era a oportunidade que me batia à porta.
Seria uma Delegada de Polícia, mesmo paraplégica!
Registrei a idéia e parti para o confronto.
Talvez o mais ousado de toda a minha vida.
Era tudo ou NADA!
(Genaura Tormin)



"Sou como a Rocha nua e crua, onde o navio bate e recua na amplidão do espaço a ermo.
Posso cair. Caio!
Mas caio de pé por cima dos meus escombros".
Embora não haja a força motora para manter-me fisicamente ereta, alicerço-me nas asas da CORAGEM, do OTIMISMO e da FÉ.

(Genaura Tormin)