PLANTIO

PLANTIO
PLANTIO
(Genaura Tormin)

Deus,
Senhor dos mares e montes,
Das flores e fontes.
Senhor da vida!
Senhor dos meus versos,
Do meu canto.

A Ti agradeço
A força para a jornada,
A emoção da semeadura,
A alegria da colheita.

Ao celeiro,
Recolho os frutos.
Renovo a fé no trabalho justo,
Na divisão do pão,
. E do amor fraterno.

terça-feira, 14 de maio de 2013

COLÓQUIO COM PÁSSARO SEM ASAS




COLÓQUIO COM PÁSSARO SEM ASAS 
(Iza Klipel)

Mataram o meu caminhar
Mas deixaram-te asas!
Não  puderam podar
a liberdade do teu vôo, borboleta!
... e levaram os meus sonhos...
Porém os reconstruíste
Tijolo a tijolo
Sobre a base forte do amor.

Náufraga sou...
Mas sabes nadar!
Encontraste um porto seguro
Aonde podes ancorar.

Nem meu grito é ouvido...
Teus olhos são mensagens de amor
E o teu silêncio fala mais do que os gritos:
Fala direto ao coração.
A tua emoção,
Teu jeito sem igual,
Tua garra, tua fibra, tua energia...
Que a todos contagia,
Fazem-nos mais fortes e melhores.

És pássaro, sim, amiga!
Pássaro/anjo, pássaro/mulher,
Pássário de infinitos horizontes,
Cujas asas alcançam a eternidade,
Pelo sentimento que mora em teu coração;
Por tua especial maneira
de conjugar o verbo amar,
no infinito de todos os tempos.

Teus amigos compreendem tua alma
E a amam desse teu jeito de ser:
Amor,
Serenidade,
Paz,
Amizade,
Exemplo de vida.
Eternamente perfumando nossos caminhos.

Jamais estarás só
Porque moras em nosso peito,
Juntinho do coração.

Beijos da (assinado):Iza Klipel




sexta-feira, 3 de maio de 2013

GRAÇA LUCENA


Graça Lucena

UM ARQUIVO NO TEMPO
(Genaura Tormin)

Revendo velhos arquivos, deparei-me com esse desabafo. 
Um e-mail a uma poeta-amiga que havia perdido o irmão para câncer. À época, minha irmã Graça seguia a via crucis dessa doença. Voltei no tempo e sofri. Como foi dolorida aquela fase! Eu, também, perdia uma irmã para tão maldita doença. Tempo depois dessa correspondência, ela se foi, após doloroso sofrimento.
Abri  seu livro de poemas, CANTAROLANDO, e pude senti-la perto de mim, com  aquela alegria que que significava a estampa de sua essência. Cada poema, uma lembrança, uma emoção.  Juro que não pude me conter. Uma saudade sufocou-me o peito.  Por que a gente não pode parar o relógio do tempo? Mas a vida é isso! Um dia vamos nós também.

 "Zezé,

Eu soube com pesar da passagem do teu irmão. Junto-me a ti. Doença maldita, o câncer!
A minha irmã, a Graça Lucena, luta com contra ela há 7 anos.
Sabe quem é ela?
Incentivei-a  escrever no Planeta. Hoje saiu o lançamento do seu livro, CANTAROLANDO, pela AVBL. Até pensei que não fosse ver o livro. Saiu da UTI há 3 dias. Estava em coma.
Meu Deus, como a vida é frágil!
Nisso tudo, temos que ter coragem, pois, mesmo nos preparando para essa partida, não aceitamos.
A gente fica inerme, fragilizada,  feito fantasmas ambulantes, sem nada fazer.
Graças a Deus que a Graça está bem.
Foi a primeira vez que ficou em coma, e do nada.
Simplesmente tombou sobre o volante.
Levaram-na para o Hospital e pelo celular identificaram a família.
Há muita solidariedade humana! Ainda bem.
Mas, como o ser humano é falho, frágil, carente!
Perdoe-me, por isso!
Vim para emprestar-lhe meu ombro, e estou usando o seu.
Meu Deus, meu Deus!
Mas, vc sabe tanto quanto eu, que a vida é efêmera!
Um sopro de vela!
Ainda bem que essa existência não é em vão. Aqui aprendemos, evoluímos...
A alma transcende à Casa do Pai, que é a verdadeira morada do espírito.
Sei que seu irmão era novo, encantado pela vida, pela filha, pela mulher...
Mas, querida, chegou a hora, o momento exato. Quem somos nós para questionar?
Não cai um fio de cabelo, uma folha de árvore sem a permissão de Deus.
Vc sabe disso! Acho que tudo tem o seu porquê.
Aqui, há sempre uma lição a aprender.
Quantas vezes, fazendo uma retrospectiva avaliatória, chegamos a conclusão que sem essa ou  aquela dificuldade grande que achávamos que os nossos ombros não suportariam, não haveríamos galgado tanto crescimento, tanta descoberta benfazeja, tanto amadurecimento...
 A dor é buril, forjando a obra, esculpindo a alma...  Eu sou um testemunho vivo disso.
A cada dificuldade, fico a pensar o que virá de bem.
Fico pensando que a morte também deve ter uma compensação assim e muito, muito melhor.
Sei e tenho certeza de que não morremos, apenas trocamos de farda.
Assim, outras missões esperam o seu irmão. Deixa-o ir em paz!
Ele continuará velando pelos que ama aqui. Pode ter certeza.
Nós é que somos tão pequenos e egoístas que não entendemos a vontade de Deus.
A vida, ele nos deu! Ele nos tira quando chega a hora!
Resta agradecer e não lamentar.
Agradecer o tempo que Deus permitiu que ele ficasse para ver a filha, conviver mais um pouco com a família.
Lembra-se?
Acho que dessa época em que compartilhamos com vc essa fase tão doída, passaram-se uns 2 anos, não?
Zezé, falei tanto!
Nessas horas, todas as palavras tornam-se arcaicas, obsoletas...
O momento é duro e eu sei disso.
Talvez o silencio, o estar perto sem nada dizer, fosse o melhor.
 Mas, na virtualidade, não há esse meio termo.
A escrita significa o sinal da nossa presença, o tamanho do nosso afeto.
Assim, querida, vamos em frente!
Emprestar esse afeto, esse ombro amigo, aos que ficaram.
Há todo um caminho a palmilhar!

Beijo grande.

Fica com Deus.

Genaura Tormin





quinta-feira, 2 de maio de 2013

VIAJO QUANDO PENSO



VIAJO QUANDO PENSO
(Genaura Tormin)


Sinto-me leve, livre e solta
À beira de um lago,
No pé de uma montanha.
Uma flor amarela,
Única, sozinha
Num pêndulo solitário.
A grama é verde,
A passarinhada está em festa.
O sol maroto, brejeiro,
Salpicando as águas
De fímbrias prateadas.

Faz-se ouvir a balada do vento
Na copa do arvoredo.
E  eu no topo do meu tempo,
Numa sinfonia da paz, 
Solfejo o amor.

Abelhas em coro
Num bailado multicor.
Sombras se multiplicando,
Em desenhos multiformes,
Feito bandeiras tremulando
Sob um céu de nuvens viajeiras.

Abro os olhos,
E vejo que aqui estou
Diante de mais um poema!

Goiânia, 29 de abril de 2013

LEVE, LIVRE & SOLTA!


Sejam bem vindos!
Vocês alegram a minh'alma e meu coração.

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Era uma luz no fim do túnel e eu não podia perder.
Era a oportunidade que me batia à porta.
Seria uma Delegada de Polícia, mesmo paraplégica!
Registrei a idéia e parti para o confronto.
Talvez o mais ousado de toda a minha vida.
Era tudo ou NADA!
(Genaura Tormin)



"Sou como a Rocha nua e crua, onde o navio bate e recua na amplidão do espaço a ermo.
Posso cair. Caio!
Mas caio de pé por cima dos meus escombros".
Embora não haja a força motora para manter-me fisicamente ereta, alicerço-me nas asas da CORAGEM, do OTIMISMO e da FÉ.

(Genaura Tormin)