PLANTIO

PLANTIO
PLANTIO
(Genaura Tormin)

Deus,
Senhor dos mares e montes,
Das flores e fontes.
Senhor da vida!
Senhor dos meus versos,
Do meu canto.

A Ti agradeço
A força para a jornada,
A emoção da semeadura,
A alegria da colheita.

Ao celeiro,
Recolho os frutos.
Renovo a fé no trabalho justo,
Na divisão do pão,
. E do amor fraterno.

sábado, 22 de agosto de 2015

CHEGOU A HORA DE IR



CHEGOU A HORA DE IR
(Genaura Tormin)

Queridos colegas:


      Procurarei não ser prolixa para que os sentimentos não abram as comportas dos meus olhos, tão bem tarameladas para aqui estar

Cheguei! 


     Avalio o caminho, revejo os pés e no calendário do tempo, confiro os 70 anos de vida feliz e bem vivida, dos quais 51 anos ininterruptos de vida pública dedicada ao meu País.

     O espelho ainda me fala de sorriso, otimismo, alegria e alguma beleza. 
Isso, porque tudo que fiz foi sob o comando do amor, da qualificação, da satisfação do fazer e do respeito ético.

     E eis que chego neste final de estrada, com o sentimento de missão cumprida!

     Mochila às costas, diante de vcs, para um abraço, um agradecimento, um até logo ou um até breve.

      Chegou a hora de ir!  Não estranhem se acaso eu chorar.


      Egressa de um concurso para Analista Judiciário do TJDFT, aqui estou há 21 anos. 

      Foi um tempo de paz, de crescimento, de trabalho para que a prestação jurisdicional  chegasse em tempo célere ao jurisdicionado, em que eu me senti feliz, contente, contribuindo com a Justiça do Trabalho do meu Estado.

    Durante todos esses anos integrei-me bem às equipes, irmanando um só espírito-de-corpo, pois jamais me subjugo às subserviências em busca de protecionismo sob o álibi da cadeira de rodas que ocupo há 34 anos. 

      Ela não me posterga, pelo contrário, enobrece-me! 

Convida-me ao desafio. 

E eu gosto disso. 

     O nosso Tribunal potencializa os recursos e tecnologias assistivas visando à plena acessibilidade das pessoas com deficiência. 

Isso se chama respeito, inclusão.

      Nunca me senti diferente, discriminada.
      Acredito que não há discriminação que resista à competência.

      Não é necessário paternalismo nem diferenciação, apenas respeito às leis e à célebre frase de Rui Barbosa: “... tratar igualmente os iguais e desigualmente os desiguais na medida em que eles se desigualam”.


Mas agora chegou a hora de ir. 

Muitas saudades levarei. 

      Lembrar-me-ei de todos os companheiros de labor, com quem aqui convivi.

Essa linda história de trabalho nesse Tribunal será um marco de saudade nas celas de minhas recordações no acalanto  dos dias.

     Mas a história ainda não acabou. Conotativamente fui formiga a vida inteira, agora vou ser cigarra: cantar a vida, bordar horizontes, irmarnar-me  às asas dos pássaros e rever prados, campinas e montes, solfejando a lira dos poemas meus. 

       Nunca me esquecerei do tempo que aqui servi como formiga e fui tão, tão feliz. 

       Esta Corte de Justiça continuará minha também. 
       Os Camaradas-formigas terão um lugarzinho cativo no meu coração.

       E agora, adeus!

quinta-feira, 20 de agosto de 2015

SEJAM MUITO BEM VINDOS AO TRT-GO






Como servidora do TRT-GO, de vez em quando era chamada para trabalhar na ambientação dos novos servidores, que, egressos de vários Estados brasileiros, ali chegavam por meio de concurso público, numa esperança sem limites de um porvir melhor.
Nesta última vez, a minha fala foi acrescida de uma despedida. Eles chegavam e eu saía, pela aposentadoria compulsória. 
A vida é assim: começo, meio  e fim. Agora seria a minha vez. 
Embora, o sentimento me embargasse a voz, eu fiz o meu último trabalho, naquela Casa de Justiça, onde servi por 21 anos.   

SEJAM MUITO BEM VINDOS  AO TRT-GO
(Genaura Tormin)


É com prazer que recebemos os novos colegas! 
A Casa é nossa. 
Sintam-se à vontade!

Parabenizamo-lhes pelo sucesso na aprovação de tão acirrado concurso.
Realmente vocês foram os mais bem preparados e, com certeza, demonstrarão toda essa garra e competência no exercício dos afazeres judiciais.

O trabalho é o meio para nos realizarmos economicamente, socialmente e psicologicamente. Significa a dignidade da pessoa.
Por isso consta como um dos fundamentos da República Federativa do Brasil.

Agora, como serventuários desta Justiça, devemos emprestar-lhe, além do nosso trabalho, a cordialidade, a lhaneza de trato, a presteza, a determinação, inovando sempre, para que a prestação jurisdicional seja mais rápida e a sua seriedade continue pautando o convívio social, resguardando-lhe a liberdade, a igualdade e a harmonia na preservação e garantia de direitos.

Para bem desempenharmos essas atividades, precisamos ter a consciência do nosso papel, das responsabilidades e gostarmos do que estivermos a fazer, lembrando-nos sempre de que outras pessoas esperam pela nossa interação de trabalho no final de um processo. Por isso, amem de todo o coração a causa que escolheram e persigam fazer sempre o melhor!

Trabalho é a palavra-chave e o tempo bendirá o fruto desse esforço.
Realmente, fomos criados para escrever a história, marcar o tempo e melhorar o porvir.
O nosso Tribunal é como se fosse uma grande máquina em que até as minúsculas peças são únicas e imprescindíveis para o bom desempenho de todo o aparato legal.

Essa é a tutela jurisdicional que o Estado tem o dever de prestar ao seu povo.
E como servidores desta Corte, temos a obrigação e a satisfação de impulsioná-la para frente e para o alto. Muitos de vocês serão lotados na Varas do Trabalho, razão desta justiça e verdadeira escola para a ascensão a superiores cargos.

Antes de trabalhadores, somos seres humanos com emoções, sensibilidades e fraquezas.
E aqui, procura-se lembrar disso.

A valorização do servidor, como pessoa, ganha destaque.
O coleguismo e o respeito pautam o nosso convívio, aumentando-nos a autoestima e a qualidade do servir.

A preocupação com a saúde física e psicológica dos servidores, por meio de um corpo especializado, composto pelos Setores de Assistência Médica, Odontológica e Psicológica, ajuda a fazer do TRT-GO uma grande família, agora aumentada e qualificada com novos e competentes membros.

Sejam muito bem-vindos!


Este é um momento de festa para vocês que chegam e também é um momento de despedida para mim que  estou me aposentando. 

Procurarei não ser prolixa para que os sentimentos não abram as comportas dos meus olhos, tão bem tarameladas para aqui está.

Cheguei! 

Avalio o caminho, revejo os pés e no calendário do tempo, confiro os 70 anos de vida feliz e bem vivida, dos quais 51 anos ininterruptos de vida pública de trabalho.

O espelho ainda me fala de sorriso, otimismo, alegria e alguma beleza. 

Isso, porque tudo que fiz foi sob o comando do amor, da qualificação, da satisfação do fazer e do respeito ético.

E eis que chego neste final de estrada, com o sentimento de missão cumprida!

Mochila às costas, diante de vocês, para um agradecimento, um até logo ou um até breve. Chegou a hora de ir. Não estranhem se acaso eu chorar.

Egressa de um concurso para Analista Judiciário do TJDFT, aqui estou no TRT-GO há 21 anos.

Foi um tempo de paz, de crescimento, de trabalho para que a prestação jurisdicional chegasse em tempo célere ao jurisdicionado. Tempo em que eu me senti feliz, contente, contribuindo com a Justiça do Trabalho do meu Estado.

Durante todos esses anos integrei-me bem aos grupos de trabalho, pois jamais me subjugo às subserviências em busca de protecionismo sob o álibi da cadeira de rodas que ocupo há 34 anos. 

Ela não me posterga, pelo contrário, enobrece-me! 

Convida-me ao desafio. 

E eu gosto disso. 

O nosso Tribunal potencializa os recursos e tecnologias assistivas visando à plena acessibilidade das pessoas com deficiência. 

Isso se chama respeito, inclusão.

Nunca me senti diferente, discriminada.

Acredito que não há discriminação que resista à competência. 

Não é necessário paternalismo nem diferenciação, apenas respeito às leis e à célebre frase de Rui Barbosa: “... tratar igualmente os iguais e desigualmente os desiguais na medida em que eles se desigualam”.

Mas agora chegou a hora de ir.

Muitas saudades levarei.

Essa linda história de trabalho nesse Tribunal será um marco de saudade nas celas de minhas recordações no acalanto dos dias.

E a história ainda não acabou. Conotativamente fui formiga a vida inteira, agora vou ser cigarra: cantar a vida, bordar horizontes, irmarnar-me às asas dos pássaros e rever prados, campinas e montes, solfejando a lira dos poemas meus.

Nunca me esquecerei do tempo que aqui servi como formiga e fui tão, tão feliz. 

Esta Corte de Justiça continuará minha também. 

As camaradas-formigas de minha equipe terão um lugarzinho cativo no meu coração.

E agora adeus!!!




LEVE, LIVRE & SOLTA!


Sejam bem vindos!
Vocês alegram a minh'alma e meu coração.

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Era uma luz no fim do túnel e eu não podia perder.
Era a oportunidade que me batia à porta.
Seria uma Delegada de Polícia, mesmo paraplégica!
Registrei a idéia e parti para o confronto.
Talvez o mais ousado de toda a minha vida.
Era tudo ou NADA!
(Genaura Tormin)



"Sou como a Rocha nua e crua, onde o navio bate e recua na amplidão do espaço a ermo.
Posso cair. Caio!
Mas caio de pé por cima dos meus escombros".
Embora não haja a força motora para manter-me fisicamente ereta, alicerço-me nas asas da CORAGEM, do OTIMISMO e da FÉ.

(Genaura Tormin)