PLANTIO

PLANTIO
PLANTIO
(Genaura Tormin)

Deus,
Senhor dos mares e montes,
Das flores e fontes.
Senhor da vida!
Senhor dos meus versos,
Do meu canto.

A Ti agradeço
A força para a jornada,
A emoção da semeadura,
A alegria da colheita.

Ao celeiro,
Recolho os frutos.
Renovo a fé no trabalho justo,
Na divisão do pão,
. E do amor fraterno.

sábado, 14 de novembro de 2015

PRÊMIO SERVIDOR DE MÉRITO





PRÊMIO SERVIDOR DE MÉRITO
(Genaura Tormin)


Há 3 meses estou aposentada. Saí pela compulsória.
Muita saudade na bagagem, muita experiência, muito aprendizado.

Ontem, 28.10.2015, dia do Servidor Público, compareci, juntamente com o maridão, ao Tribunal Regional do Trabalho para receber uma significativa homenagem – PRÊMIO SERVIDOR DE MÉRITO – que muito me honrou pelo reconhecimento e pelo respeito ao trabalho que ali prestei.

Na verdade, o nosso local de labor sempre foi uma extensão do nosso lar. Todos irmanando um só espírito de corpo na conquista de um porvir melhor. Foi assim a minha estada naquele Tribunal.
Ao chegar para o evento, em Plenário, meu coração constrangeu-se no peito. Não mais caminhava para o trabalho todos os dias. E isso dói.

Lá, era a plateia em festa. O Plenário estava cheio. 
O coral do Tribunal abriu os trabalhos com uma musiquinha do meu torrão natal. O discurso do Presidente emocionou-me. Um ser humano maravilhoso, que em palavras, mostrou a sua alma evoluída, translúcida e bela. Um espírito grande que dirige os destinos daquele Tribunal.

A chamada solene dos homenageados, que desfilavam por um tapete vermelho, tocou-me muito. Um respeito a quem colaborou para que a Justiça do Trabalho desempenhasse a sua função com lisura, celeridade e justiça, ganhando destaque como a melhor do País. 

Bons momentos de confraternização voltaram-me no tempo, ainda tão recente no meu sacrário de lembranças. Eu estava ali. Muitos cumprimentos, muitos abraços, muitos sorrisos significaram felicidade.  
Tudo foi finalizado com um gostoso coquetel e muita música.

Um recorte que será guardado na cela de minhas lembranças.
E a vida continua...

terça-feira, 3 de novembro de 2015

A VIOLINISTA DE VARSÓVIA - José Cristiano Resplande

  
A VIOLINISTA DE VARSÓVIA

Acabo de ler "A Violinista de Varsóvia", da lavra do Dr. José Cristiano Resplande, médico em Goiânia e amigo de nossa família. Após a leitura, posso dizer: um excelente e gabaritado escritor!

É um romance policial, com envolvente trama, disposta em 13 capítulos, que me prendeu desde o primeiro instante. 
Li, quase de um fôlego. 

Tudo muito bem narrado, em escorreita linguagem. Uma fluência encantadora. Situações capciosas, que nos envolvem, ouriçando a adrenalina. 
É uma viagem aos recônditos de Varsóvia, na Polônia, tendo por mote o furto de um violino stradivarius deixado pelo avô de Nathália, morto em um campo de extermínio, certamente nas câmeras de gás, e guardado por sua avó como herança para a neta, personagem principal da história. Um verdadeiro tesouro.

A trama nos faz seguir juntos numa linda viagem à procura do Stradivarius. Tudo que acontece significa muito crescimento para todos, principalmente para Nathália, uma adolescente de 17 anos. Particularmente, aprendi muito, conheci outras plagas distantes e me embrenhei em muitas aventuras investigativas. 
E aí, muitas descobertas, encontros e desencontros. E Varsóvia desnudando-se aos nossos olhos em fotos e histórias.

Além do mais, devo dizer que acresci-me com os fatos e a maneira de sua condução, uma vez tratar-se de uma trama policial, área do meu conhecimento. 

Parabéns Dr. José Cristiano!
A história alcançou o objetivo desejado: tocou o coração, trouxe muitos conhecimentos e aflorou os sentimentos.
Que venham outros livros!

MENSAGEM A MEU PAI



MENSAGEM A MEU PAI


Papai, hoje é o seu dia!  Como sinto a sua falta!
Fecho os olhos e o vejo ao lado falando das coisas da vida.
A tarde sombria, nostálgica, invade a janela, sussurrando-me lembranças, muitas saudades, abandono... As nesgas do sol poente, esgueiradas entre os espigões de concreto, parecem trazer-me, por acalanto, os seus recados, a sua presença junto a mim.
Sinto uma enorme falta de você, meu pai! Falta do seu ombro amigo, do seu semblante autoritário de quem tudo sabia, de quem tudo resolvia. A última palavra, o porto seguro. O nascedouro de forças, energias, caminhos e direções.
Que saudade do nosso convívio, dos meus filhos pequenos, da alegria da sua chegada, das memórias contadas, da pessoa maravilhosa que você sempre soube ser.
Lembro-me dos consertos que fazia. Havia sempre uma solução, uma saída. Como era inteligente, criativo... Quando partia, tudo ficava novo: os brinquedos, as tampas das panelas, as portas emperradas... Tudo voltava a funcionar. Vida nova. Até o King, o nosso cachorro, sentia a sua falta. Quantas brincadeiras, quantas risadas nós dávamos juntos! E a vida era bela, bela vida!
Lembro-me de você, papai, ao meu lado no leito de hospital, quando a vida achou por bem me tolher os passos. Sofregamente, você me afagava os cabelos, passando-me a mão sobre a fronte. Austero e forte, você fora sempre. Naquele dia, mostrava-se acabrunhado e humilde ao meu lado. O tempo marcava-lhe o rosto. Os poucos cabelos já encanecidos deixavam à mostra a cabeça lisa pela calvície, simbolizando as renhidas batalhas enfrentadas, e diante de mais uma a enfrentar.
Como sofrera para cumprir bem a missão! Para você, eu era o modelo ideal. Havia estudado, casado como mandava o figurino. Havia-lhe dado netos e tudo o que sempre admirou no campo das prendas domésticas, além de haver concluído um curso superior. Afinal me proporcionara uma educação num colégio de freiras.
Ali, ao meu lado, num testemunho de cumplicidade e sofrimento, procurava esconder-me os olhos úmidos enquanto eu tentava sorrir para aliviar-lhe a dor.
Como gostaria de ter-lhe evitado tamanho sofrimento!
Entendo o que se passava com você: os filhos são mais do que partes de nós mesmos. Depois, uma nuvem de tristeza cobriu o nosso lar, a nossa vida, a sua vida, papai! Passei a vê-lo cabisbaixo de barba grande, logo você que era tão vaidoso. Eu sabia que você sofria.
É, papai, quanta tristeza eu lhe dei! Hoje, volto ao passado e vejo que, mesmo sem andar, eu caminhei muito! Tenho os pés cansados da jornada, feridos pelas pedras do caminho. Preciso de um colo para descansar, preciso de um ombro para chorar.
Mas eu tentei caminhar... Tento, ainda, com “unhas e dentes”. Insisto sempre. Recomeço a cada tombo, a cada caminho truncado. Se não marco passadas no chão, marco-as no coração, em trabalho, amor, poesia... Queria que você estivesse aqui para ver os meus rastros deixados na estrada da vida.
Com certeza, você foi um grande motivo para o meu desafio. Eu queria entregar-lhe o troféu do meu esforço, mas você foi embora, numa noite fria, sem dizer adeus. Nem sequer nos permitiu ajudá-lo na hora derradeira.
Mesmo estando do outro lado da vida, ficarei feliz se ainda continuar a se orgulhar de mim. Se no seu coração eu ainda for aquela garota certinha que você achava que eu era.
Papai, que saudade! Mas que saudade, mesmo! Receba o preito de minha gratidão, do meu afeto, do meu carinho...

Sua filha,
Genaura




LEVE, LIVRE & SOLTA!


Sejam bem vindos!
Vocês alegram a minh'alma e meu coração.

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Era uma luz no fim do túnel e eu não podia perder.
Era a oportunidade que me batia à porta.
Seria uma Delegada de Polícia, mesmo paraplégica!
Registrei a idéia e parti para o confronto.
Talvez o mais ousado de toda a minha vida.
Era tudo ou NADA!
(Genaura Tormin)



"Sou como a Rocha nua e crua, onde o navio bate e recua na amplidão do espaço a ermo.
Posso cair. Caio!
Mas caio de pé por cima dos meus escombros".
Embora não haja a força motora para manter-me fisicamente ereta, alicerço-me nas asas da CORAGEM, do OTIMISMO e da FÉ.

(Genaura Tormin)