PLANTIO

PLANTIO
PLANTIO
(Genaura Tormin)

Deus,
Senhor dos mares e montes,
Das flores e fontes.
Senhor da vida!
Senhor dos meus versos,
Do meu canto.

A Ti agradeço
A força para a jornada,
A emoção da semeadura,
A alegria da colheita.

Ao celeiro,
Recolho os frutos.
Renovo a fé no trabalho justo,
Na divisão do pão,
. E do amor fraterno.

quarta-feira, 11 de março de 2009

Mensagem a FERNANDO TORMIN - casamento



Filho querido,

Aprendi que “ser mãe” é dar asas, ensinar a voar... Mas quando chega a hora da partida, o coração se fragiliza, a solidão se faz e o grito sufocado se perde na garganta.

E agora é você, Fernando, o meu pequeno moreno de olhos grandes e tristes. O meu companheiro certo das horas incertas. O meu guerreiro!

Você alçará seu próprio vôo para outras paragens. Vai percorrer novos caminhos, singrar outros mares... Gerir a vida! Construir o próprio ninho. Vai cumprir a missão de ser gente grande: casar-se e propagar a espécie. E a nossa família ganha mais uma filha!

A amizade, o afeto, o aconchego, ganham dimensões maiores. Doravante seremos todos elos de uma mesma corrente.

Construir uma família é um privilégio e uma responsabilidade muito grande. É um compromisso com Deus que os chama para ajudá-Lo na construção de sua obra.
Como nós, vocês também, um dia, descobrirão que os filhos não são nossos. São missões a nós confiadas.

Sei que até me acostumar com a sua ausência, vou sentir-me meio órfã, pois, habitualmente, você me chama de “filha”. No meu coração eu sou mesmo a sua filha. Ao mesmo tempo, ficarei muito feliz, pois a felicidade dos filhos é muito mais a felicidade da gente (sábias palavras de minha mãe, quando há anos idos, eu, também, deixava o aconchego materno para construir a minha vida ao lado de um grande amor — o seu pai).

Para nós, você continuará a ser o nosso pequeno Nando. Para os pais os filhos nunca crescem. Ainda bem! É amor demais enfeixado numa laçada firme. A laçada da família unida, selada por tantos sacrifícios, ungida por tantas lágrimas. Por isso somos tão fortes! Chegamos a ser à prova de bala! Quantos tornados já enfrentamos! Quantas tempestades! Porém, quão maiores foram as alegrias, os contentamentos partilhados, os sucessos que juntos conquistamos. E você é parte desta família! Parte não se separa. Caso contrário, o todo perde a completude, a unidade. Esfacela-se! Apenas você ficará um pouquinho mais longe.

Viver não é fácil! Aliás, “viver é muito perigoso”, dizia Guimarães Rosa. Por vezes, as pedras do caminho podem nos ferir, lanharem a emoção. A jornada é longa! Precisa-se de afeto e companhia, pois, sozinho, a vida fica vazia.
Para esse equilíbrio, é preciso conservar a fé, a alegria e a luz interior, valores essenciais que serão legados aos filhos que virão, os nossos netos, formando uma unidade de amor rumo à Casa do Pai.

O sucesso, por vezes, parece-nos perene, mas tudo é transitório. Os anos passam e o cansaço pode chegar, machucando-nos o que há de mais sagrado: a alma. Os desgastes da farda de carne, com certeza, virão, pois tudo se transforma nesta vida. Apenas o amor permanecerá incólume aos rigores do tempo.

Por fim, peço-lhe perdão, Fernando, pelos pecados cometidos. As mães são pecadoras. Erram, pensando acertar. Entretanto resta-me o sentimento do dever cumprido e do imenso amor que lhe dei e lhe darei por toda a vida. Quero, também, agradecer a Deus e a você, filho, pela graça e a oportunidade de ser a sua mãe, de ter abrigado no ventre um anjo guardião. Obrigada por esses anos de trocas diárias em que eu mais aprendi que ensinei. Obrigada pelo filho maravilhoso que você sempre soube ser.

Obrigada pela honra de poder chamá-lo de “MEU FILHO!
Parabéns, meus filhos!

Sua mãe,
Genaura Tormin

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Era uma luz no fim do túnel e eu não podia perder.
Era a oportunidade que me batia à porta.
Seria uma Delegada de Polícia, mesmo paraplégica!
Registrei a idéia e parti para o confronto.
Talvez o mais ousado de toda a minha vida.
Era tudo ou NADA!
(Genaura Tormin)



"Sou como a Rocha nua e crua, onde o navio bate e recua na amplidão do espaço a ermo.
Posso cair. Caio!
Mas caio de pé por cima dos meus escombros".
Embora não haja a força motora para manter-me fisicamente ereta, alicerço-me nas asas da CORAGEM, do OTIMISMO e da FÉ.

(Genaura Tormin)