A PARÁBOLA DA PÉROLA PRECIOSA
(Mt. 13: 45 e 46)
É sempre prazer encontrar-me novamente nesta Casa de Orações!
Cumprimento a todos, bem como aos espíritos desencarnados aqui presentes. Que a paz esteja entre nós!
Rogo, neste momento, a ajuda dos bons espíritos, para que as minhas palavras possam significar alguma centelha de conhecimento na construção de um mundo melhor.
Vamos repetir, numa só voz, o nosso grande desejo:
"Irmãos de toda Terra, amai-vos uns aos outros!!!
Vamos repetir, numa só voz, o nosso grande desejo:
"Irmãos de toda Terra, amai-vos uns aos outros!!!
O tema de hoje é a PARÁBOLA DA PÉROLA PRECIOSA - Mt. 13. 45 e ss.
Vocês sabem que Jesus falava sempre por meio de parábolas para que o povo inexperiente daquela época pudesse entender. Quase todas as suas parábolas falam do Reino de Deus.
Vocês sabem que Jesus falava sempre por meio de parábolas para que o povo inexperiente daquela época pudesse entender. Quase todas as suas parábolas falam do Reino de Deus.
E esse reino existe dentro de cada um de nós. Mas, geralmente, encontra-se em estado de dormência, ainda embrionário. Compete a nós despertar, atualizar, desenvolver esse reino, que o Mestre costumava chamar de "a luz sob o alqueire", o "tesouro oculto", a "pérola preciosa"...
Jesus sempre comparava o reino de Deus com a aquisição de algum bem de muito valor, como é a história da parábola de hoje. É como se O estivéssemos vendo de túnica branca, cabelos soltos ao vento, pés descalços, fisionomia amiga e benfazeja, na margem do lago de Jenesaré, na Samaria, fazendo suas pregações e dizendo que: O Reino de Deus é semelhante a um negociante que procurava pérolas preciosas. Descobrindo uma de grande valor, vendeu tudo o que possuía e comprou-a.
A pérola é uma jóia cara, caríssima, porque só é encontrada em certas conchas de moluscos nas profundezas do mar. O molusco precisa ser ferido, e é daí que a secreção
se solidifica formando a pérola. Pérolas são produtos da dor, resultado da entrada de uma substância estranha no interior da ostra, como um grão de areia. A parte interna da concha de uma ostra é uma substância lustrosa chamada nácar.
Seu brilho é translúcido, capaz de captar os raios solares.
Porém é a pérola que, em todo o seu esplendor reflete as cores do arco-íris. Quando um grão de areia penetra, as células do nácar começam a trabalhar e cobrem o grão de areia com camadas e mais camadas para proteger o corpo indefeso da ostra. Como resultado, uma linda pérola é formada.
Uma ostra que não foi ferida, de algum modo, não produz pérolas, pois a pérola é uma ferida cicatrizada. Por isso, está aí a comparação com o Reino de Deus. A sede dele está nas profundezas da alma da gente e o seu esplendor só se revela plenamente à luz da vida diária, por meio da vivência ética, da honestidade, da moralidade, do amor ao próximo, da caridade, dos bons ensinamentos, do trabalho, do conhecimento desse Reino.
E para chegarmos lá não é fácil!
É preciso doar-se, exercitar a Lei do amor. O sofrimento é o escultor, o buril que nos lapida o espírito, fazendo-nos melhores. Deus é bem. Jamais trilharemos o caminho para o Reino de Deus sem os pressupostos do bem; sem nos escolar nos mandamentos do Amor, com nós mesmos, com o nosso próximo e principalmente com Deus, de quem tudo emana. Se não nos amamos, como poderemos amar aos outros? Só damos o que temos, não é mesmo?
É preciso vencer a nós mesmos. E isso é difícil. Demanda coragem e determinação. Dizem que é mais fácil vencer um batalhão do que a si mesmo. Se analisarmos, veremos que é uma verdade! Nunca vemos as nossas imperfeições, preferimos vê-las nos outros. Sempre temos uma desculpa para as nossas falhas. Somos fracos nos propósitos de não reincidir nos erros. Amor ao próximo, solidariedade, complacência, perdão, aceitação, silêncio, um sorriso amigo, são muitas vezes negados por nós!
Comparativamente, é o desprendimento, o bem dividido, o amor doado, o perdão concedido, que representam a venda de todos os bens do negociante para poder adquirir a pérola, que é o Reino de Deus. Isso nos mostra que quando conhecemos os valores da alma, que nos conduzem ao caminho do Reino de Deus, o mundo, as coisas materiais e suas bestialidades ficam em segundo plano para nós. Só o bem fala mais alto, pois ele é sempre o gestor de felicidade.
Esquecemo-nos de que as nossas posses materiais são empréstimos para a satisfação de nossas necessidades físicas. Aqui, também, as deixaremos. Na bagagem final, apenas o bem ou o mal que tenhamos praticado.
Esquecemo-nos de que as nossas posses materiais são empréstimos para a satisfação de nossas necessidades físicas. Aqui, também, as deixaremos. Na bagagem final, apenas o bem ou o mal que tenhamos praticado.
Cabe-nos a responsabilidade de mudar o porvir, pois a violência
só existe porque não entendemos ainda a lei do amor. Por isso, precisamos nos submeter às leis dos homens para nos reeducar. É como se todos nós fôssemos pedras pontiagudas e precisássemos de nos tornar redondinhas para conseguirmos rolar no Rio da Vida, até descobrirmos o caminho que possa nos levar ao Criador de Vidas, ao Reino de Deus. Vejam a comparação no poema da transparência:
SEIXO ROLADO
A. Carrijo
Eu era uma pedra,
Cheia de arestas,
De pontas agudas
Que feriam os que me tocavam.
Mas
Os meus sofrimentos
E os pés que me pisaram
Desbastaram-me as quinas,
Abateram-me as agulhas.
Hoje,
Quando apalpo o meu ser
Com as mãos da consciência,
Não me reconheço no passado.
Como estou diferente!
Sou um seixo rolado,
Polido pela dor.
Obrigado, Senhor!
Então, vamos agradecer pelos percalços. São puxões de orelhas necessários. São mestres que nos ensinam o caminho, diminuindo os nossos débitos aqui. Vamos produzir pérolas... cobrindo os ferimentos, as mágoas, as rejeições com camadas de amor. Lembremo-nos de que uma ostra que não foi ferida, não produz pérolas - pois
uma pérola é uma ferida cicatrizada.
Que tal fazermos um propósito de começarmos a construir o nosso próprio caminho para o Reino de Deus? Afinal, nossa morada não é aqui. Somos espíritos de passagem, numa experiência humana, e com missões a cumprir. É sempre bom lembrar que o Planeta é de provas e expiações. E o tempo urge. A vida é curta. Há pouco, tomei consciência da finitude dela. Somos feito uma criança que sai para comprar o pão e se deixa ficar pelo caminho em brincadeiras com outros colegas. A hora passa e a reprimenda, certamente virá, pois em casa, o pão é esperado.
E a missão, o resgate, o crescimento, o amor? Esquecemo-nos! De quantos passados tenebrosos viemos? Quantos ajustes temos ainda por fazer? Aqui, não somos vítimas de nada! Estamos à mercê de nossos próprios atos, presentes ou passados, pois "nada vos virá que não hajas merecido agora ou logrado com anterioridade". Quem disse isso foi Paramahansa Yogananda. A máxima retrata o motivo dos sofrimentos atuais e a lei do processo das sucessivas reencarnações, traduzindo a bondade infinita de Deus.
Todos os sofrimentos experimentados aqui estão a serviço da Lei maior. É o artífice que está a modelar o nosso espírito rebelde para transformá-lo numa obra de arte. E eu costumo dizer que nos devemos postar sempre em atitude de alerta, pois somos herdeiros dos nossos atos e senhores de nossas colheitas.
Vamos, aqui e agora, fazer um pacto de escolar o nosso espírito, para emitir sempre vibrações positivas, preenchendo a nós e ao próximo, de otimismo, coragem, sorrisos, ajuda, perdão, amor a tudo e a todos, como seres, filhos de um Pai perfeito e maravilhoso?
Um pacto de prosperidade, cuja aprendizagem deverá sempre ser avaliada,
por nós mesmos, todos os dias, incluindo o dever de casa e as reprimendas pelos deslises ocorridos, não esquecendo do "fazer de novo" para confirmar se realmente estamos a aprender. A evolução tem de despertar de dentro para fora. Se não nos amamos, como poderemos amar aos outros?
Nessa primeira aula, e para finalizar, pois o horário me adverte, ouso passar-lhes uma sugestão infalível. Se entendida e executada, terá efeitos extraordinários. Além de tudo, acalenta, consola e faz felicidade, uma vez que há mais felicidade em dar do que em receber. Pense em você e assuma o ônus de mudar para melhor, fazendo suas as palavras do poeta que tão bem disse:
POEMA DA PROSPERIDADE
(Autor desconhecido)
Nem a tristeza, nem a desilusão,
Nem a incerteza, nem a solidão,
Nada me impedirá de sorrir.
Nem o medo, nem a depressão,
Por mais que sofra meu coração,
Nada me impedirá de sonhar.
Nem o desespero, nem a descrença,
Muito menos o ódio ou alguma ofensa,
Nada me impedirá de viver.
Em meio as trevas, entre os espinhos,
Nas tempestades e nos descaminhos,
Nada me impedirá de crer em Deus.
Mesmo errando e aprendendo,
Tudo me será favorável,
Para que eu possa sempre evoluir,
Preservar, servir, cantar,
Agradecer, perdoar, recomeçar...
Quero viver o dia de hoje,
Como se fosse o primeiro,
Como se fosse o último,
Como se fosse o único.
Quero viver o momento de agora,
Como se ainda fosse cedo,
Como se nunca fosse tarde.
Quero manter o otimismo,
Conservar o equilíbrio,
Fortalecer a minha esperança,
Recompor as minhas energias,
Para prosperar na minha missão
E viver alegre todos os dias.
Quero caminhar na certeza de chegar,
Quero lutar na certeza de vencer,
Quero buscar na certeza de alcançar,
Quero saber esperar,
Para poder realizar os ideais do meu ser.
Enfim,
Quero dar o máximo de mim,
para viver intensamente e maravilhosamente
Todos os dias da minha vida.
Que assim seja!
Que assim seja!
Obrigada
Palestra proferida por Genaura Tormin na Irradiação Espírita Cristã, em Goiânia-Go.
Genaura,
ResponderExcluirBelíssimo texto, inspirado, iluminado, abençoado e, sobretudo, real, que nos leva à condição, sempre, de eternos aprendizes do amor.
Emocionei-me, muito, com o texto, pois diariamente agradeço a Deus, a formação kardecista, espiritualista e humanística recebida desde criança, pois elas foram e são o meu instrumental para cada minuto vivido, para cada amigo irmão reencontrado, para cada novo conhecimento que faço.
Na trilha, buscando a evolução de minhas nervuras salientes, figuradas em marcas. ainda, a serem corrigidas, no sendeiro, busco em cada célula a força, sempre, do amor.
Que o seu texto possa ter o mesmo dom que teve para comigo, o de emocionar e vibrar em conjunto pela grande "pérola", símbolo da pátria original.
Você, Genaura, é uma pessoa especial e agradeço a Ele a felicidade por "reencontrá-la", talvez em complemento de missão.
Um grande abraço feito de luz.
Com carinho
Márcia Vilarinho
Revendo hoje esse texto, talvez procurando remédio para os meus defeitos na Escola da Existência, encontro tão maravilhoso comentário que, por si só, já é uma palestra, um belo convite à Seara do Amor.
ResponderExcluirMárcia é uma pregoeira do bem, caminheira sem passos físicos como eu, que tive o prazer de encontrar pelos caminhos dessa excelente ponte, chamada virtualidade.
Embora não lhe conheça fisicamente as faces, conheço-lhe o coração, o espírito evoluído, o plantio, através de textos e versos que cantam e encantam, semeando o amor do Cristo.
Na verdade, como disse ela, REENCONTRAMO-NOS! Parceiras somos do mesmo trabalho!
Beijos a você, Márcia. Muita paz, muita luz, muita alegria!
Genaura Tormin