GRILOS ATREVIDOS
(Genaura Tormin)
Sob a luz fina do abajur,
Em fímbrias multicores,
A aranha solitária
Tece a sua teia.
O coração a planger,
Se alumbra das migalhas
Do amor que teve.
Tece fios de seda
Do sonho ainda exangue.
Fausto tempo se foi
Emoldurado de graça e riso.
Passam-se os dias,
Noites, meses e anos...
O trabalho continua o mesmo:
Cerzir feridas,
Orquestradas por grilos atrevidos.
Hoje,
A teia é o abrigo,
Iluminado pela mortiça luz
Do abajur antigo.
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