PLANTIO

PLANTIO
PLANTIO
(Genaura Tormin)

Deus,
Senhor dos mares e montes,
Das flores e fontes.
Senhor da vida!
Senhor dos meus versos,
Do meu canto.

A Ti agradeço
A força para a jornada,
A emoção da semeadura,
A alegria da colheita.

Ao celeiro,
Recolho os frutos.
Renovo a fé no trabalho justo,
Na divisão do pão,
. E do amor fraterno.

segunda-feira, 23 de julho de 2018

ISA




"ISA”

(Genaura Tormin)



Mais uma cria concluída!

Essa é a Isa!

Amo fazer essas mocinhas!

Dão-me tanto prazer! 


Levam-me a tantos lugares, a muitos momentos lindos de minha vida!

Volto à infância risonha e doce!

Volto à liberdade do campo, do milharal que ouriçavam as maritacas numa sinfonia de paz! 


Volto ao gorgolejar do riacho, enfeitado por aromas mil que até hoje fazem-se presente em minhas lembranças. 

Foram as minhas origens no seio da natureza verde e florida! Sacrário de minha infância!


Depois o Colégio de Freiras aonde passei 9 anos desse meu tempo descobridor, tão encantado com tudo.

Como aprendi a viver!


Quantos ensinamentos, quantas brincadeiras, colegas... as freiras.

Eram muitas as nossas mães! 

Freiras abnegadas que nos emprestaram amor de mãe, sem nunca haverem experimentado a maternidade real.


E hoje, eis-me aqui a passear pelo meu passado e fazer bonecas.

A vida têm-me sido pródiga. Meu fardo tem sido leve e o meu jugo não oprime. Carrego-o com galhardia, deixando jorrar pelos caminhos o meu canto.

Não me canso de ser feliz! 


O resto são ensinamentos de que tanto preciso para moldar meu coração galopante pelas estradas dessa vida.

Assim, agradeço por ter nascido fêmea, poeta e entusiasmada pelos amores, pela vida, pela arte de fazer versos, incluindo agora os poemas de pano que me transformam em sorrisos.


Agradeço à prole que, por mim viera ao mundo, devolvendo-me agora netos lindos e carinhosos para quem eu aprendi a “bonecar”.

Hasta luego!


sexta-feira, 13 de julho de 2018

UM FEEDBACK




UM FEEDBACK
(Genaura Tormin)

Depois da reunião, 
Beto e Suzi conversam sobre o que ali foi tratado, 
assegurando o êxito dos projetos e conquistas. 

Realmente, não estamos à deriva, conclui Beto. 
O trabalho é dignidade do homem.
 
Suzi respalda: 
“Não se deve dar ao homem o que ele pode ganhar 
com o fruto do seu trabalho, 
sob pena de roubar-lhe a dignidade”! 

Estamos no front, finaliza Beto!

DISCUTINDO METAS



DISCUTINDO METAS
(Genaura Tormin)

Reunidos para um lazer?
Que nada! Conversa séria! Projetos! 
Que povinho animado!
Conversa é o que não falta. 
Pensam em tudo e pleiteiam melhoras para a categoria. 
Os ensinamentos são muitos. 

Costumam dizer: para nós, nada sem nós. 
Isto é, quem sabe é quem experimenta. 
Certíssimo! 

Estudam, trabalham e participam do exercício da vida, 
pois ter uma deficiência física não significa estar obstaculizado de perseguir sonhos, 
conquistar divisas e ocupar um lugar ao sol no contexto social, 
dentro da qualificação e competência que lhe sejam peculiares.
Exercer a cidadania é um direito de todos.

FAUNA DE SONHOS


                  Embora a agressão das dificuldades, da saudades tão grande do meu marido que foi morar na outra dimensão da vida, da solidão que me dilacera o peito, eu tenho que seguir, erguer meu brado altaneiro para acalentar o meu avesso tão sofrido.
                 Vasculho cantos, volto ao passado e canto.


FAUNA DOS SONHOS
(Genaura Tormin)

O tempo levou-me os sonhos,
Tantas esperanças,
Retratados em desejos mil,
Na fértil imaginação de criança.
Como era feliz e não sabia!
Sem máscaras, sem disfarces...
Apenas eu mesma: sorriso escancarado,
Correndo ao vento,
Aos píncaros dos folguedos do meu tempo.

No céu talhado de nuvens,
Bordava as fantasias 
Com os flocos dançarinos de algodão.
E as mágicas aconteciam,
Em carruagens, reis e rainhas,
Príncipes e lagos encantados.

Foram-se os anos, 
Tão rápidos, tão velozes,
Até que me descobri adulta.
Vi, com tristeza, que o sol radiante 
Havia mutilado as nuvens,
Os flocos de espuma, a fauna de sonhos,
Esconderijo dos meus desejos.

Em troca, restaram-me meras coisas,
Sem formas, vazias,
Dispersas em fumaça, em dores,
Que poluíram o azul de minha vida.
O horizonte, nem sei se existe mais.
Quisera ter impedido o sopro do vento.
Quisera ter retido as nuvens do meu tempo.

quarta-feira, 11 de julho de 2018

EIS A NAMORADA DO DIDIGO


EIS A NAMORADA DO DIDIGO
(Genaura Tormin)

Didigo achou-se muito bonito e queria uma namorada.
Botei as mãos à obra e  criei a Belinha, uma garotinha linda! 

Ele se encantou e logo empunhou o dedinho e perguntou:
_ Rola um namorinho contigo, Princesa?

Mais do que depressa 
ela botou o chapeuzinho no chão
 e deitou a cabecinha no ombro dele.

Mas também, 
ambos são lindos e ninguém 
vive sem amor.
Vejam:



Ensimesmado! 
Dono da situação. Esbanjam satisfação!
O amor é lindo!

Hasta luego

ESTE É O DIDIGO



ESTE É O DIDIGO
(Genaura Tormin)

Acabei de fazer e estou 
apresentando para vocês! 
A sacola está cheia de pedrinhas! 

Esse menino está querendo um estilingue. 

Gostei! 
Dois dos meus filhos eram loirinhos assim. 

Hasta luego!

PÉRGULAS DO DESTINO



PÉRGULAS DO DESTINO
(Genaura Tormin)

Sei que incomodo!
Estou além do meu tempo!

Construo pontes, vou às fontes,
Enfrento tornados,
Rebato o desalento,
E me faço contente.

Se brilho?
É só consequência.

Não me rendo! 
As armas empunho.
Procuro sobrevivência.

Pego o meu fardo 
E vou seguindo,
Catarolando pelos caminhos,
Pérgulas do destino.

O coração está sereno,
A alma em paz,
E trânquila 
Está a Consciência.

UM PAPO DESCONTRAÍDO



UM PAPO DESCONTRAÍDO
(Genaura Tormin)

Duas amigas: a Cida e a Nanda, 
sentadas para 
um “papo” descontraído. 
Do que falam, eu não sei.

São minhas crias. 
Há muito amor envolvido, muito prazer, 
chegando a ser terapia... como gosto de dizer. 

São os meus poemas de panos, versos que só agora 
aprendi a fazê-los para suprir lacunas, 
espantar a solidão, 
a saudade do marido que partiu para a 
outra dimensão da vida 
 e fabricar felicidade.

CIDA E LU



CIDA E LU
(Genaura Tormin)


Aqui, a Lu auxiliando a Cida, pois, nem sempre 
o mobiliário das cidades oferecem-nos 
acesso para o ir e vir. 
São as barreiras de concreto que nos tornam diferentes.
Costumo dizer que a pessoa com deficiência
é uma campeã de si mesma!
Devidamente inserida num ambiente
plenamente adaptado produz e se evidencia,
pois o desafio é sua arma, seu cajado. 

Ambas foram feitas por mim. 
São versos de poemas diferentes,
eivados de poesia e satisfação.


O auxílio espontâneo e amistoso 
faz parte da felicidade, do amor crístico, 
da solidariedade com o irmão em dificuldade. 
É também amizade, 
respeito e carinho.

terça-feira, 10 de julho de 2018

Bonequinha "ISA" - mais um poema de pano


BONEQUINHA “ISA” - MAIS UM POEMA DE PANO
(Genaura Tormin)

Mais uma cria concluída!
Essa é a Isa!
Amo fazer essas mocinhas!
Dão-me tanto prazer! 
Levam-me a tantos lugares, a muitos momentos lindos de minha vida!
Volto à infância risonha e doce!
Volto à liberdade do campo, do milharal que ouriçavam as maritacas numa sinfonia de paz! 

Volto ao gorgolejar do riacho, enfeitado por aromas mil que até hoje fazem-se presentes em minhas lembranças. 
Foram as minhas origens no seio da natureza verde e florida! Sacrário de minha infância!
Depois o Colégio de Freiras aonde passei 9 anos desse meu tempo descobridor, tão encantado com tudo.

Como aprendi a viver! 
Quantos ensinamentos, quantas brincadeiras, colegas... as freiras.
Eram muitas as nossas mães! 
Freiras abnegadas que nos emprestaram amor de mãe, sem nunca haverem experimentado a maternidade real.
E hoje, eis-me aqui a passear pelo meu passado e fazer bonecas.
A vida têm-me sido pródiga. Meu fardo tem sido leve e o meu jugo não oprime. Carrego-o com galhardia, deixando jorrar pelos caminhos o meu canto.
Não me canso de ser feliz! 

O resto são ensinamentos de que tanto preciso para moldar meu coração galopante pelas estradas dessa vida.
Assim, agradeço por ter nascido fêmea, poeta e entusiasmada pelos amores, pela vida, pela arte de fazer versos, incluindo agora os poemas de pano que me afloram os sorrisos.

Agradeço à prole que,  por mim viera ao mundo, devolvendo-me agora netos lindos e carinhosos para quem eu aprendi a “bonecar”.

Hasta luego!



segunda-feira, 9 de julho de 2018

MEU QUERIDO RODRIGO



MEU QUERIDO RODRIGO
(Genaura Tormin)

Hoje aniversarias!
Muita paz, muita alegria!
Muita Luz!

Que a vida,
Em facetas multicores,
Seja sempre um arco-íris
A abraçar-te a alma e esse coração tão lindo
Que extasiado busca a felicidade!

Mais um ano!
E muitos ainda virão!
Mais oportunidades,
Mais portas, janelas e atalhos
Nesta tua descoberta incrível
No exercício da existência.

Antevejo tantos êxitos,
Tanto futuro,
Tanto bem nessa tua estrada,
Onde o sol brilhará
Para que sigas em frente,
Resoluto e firme,
Na certeza de que
As forças do amor serão teu guia,
E Deus teu mestre.

Que possas galgar muitos verões,
Muitos invernos e primaveras, 
Fazendo a Diferença
Na construção do Amor
E de um porvir risonho.

Que os teus dias sejam felizes!
E esse plantio benfazejo,
Estampado no teu sorriso farto,
No desejo de servir,
Seja sempre um marco divisório
De alegria e satisfação
No aconchego
Dessa família
Que te ama muito.

Parabéns!
Feliz Aniversário!
Beijos da Vovó
Genaura Tormin

sábado, 7 de julho de 2018

MAIS UMA MENININHA DE CADEIRA DE RODAS



(Fui eu quem a fez. Chamo a isso de poemas de pano. Estou diversificando o poemar.)

MAIS UMA MENININHA DE CADEIRA DE RODAS!
(Genaura Tormin)


Gostaria que essa situação não existisse.
Mas é real, existe!
São as adversidades, as diferenças!
Felizmente, com o avanço da tecnologia, os acessórios que nos alargam a acessibilidade, facilitando-nos a inclusão têm melhorado muito.
A sensibilidade é maior e temos sido vistos com respeito e carinho pelos mais variados seguimentos sociais.

A inclusão é uma verdade que se aperfeiçoa sempre.
Essa é mais uma cria, cujo prazer estampa-me as faces em contagiantes sorrisos. São poemas de pano especiais, eivados de poesia e sentimentos de gratidão à vida que me permite fazê-los tão bem.

Tudo em que botamos o coração, o amor e o contentamento fica bonito e no final vale a pena, como disse Fernando Pessoa.
Eu também uso uma cadeira de rodas e ostento com prazer essa bandeira, pois não há diferenças que separem almas nem que diminua a capacidade de amar.

Essa garota chama-se Mari!
É tão linda, sorriso farto, estudiosa, gosta de poesia e já as escreve!
Tem um coração de ouro, essa menininha!

AMIGA-ALMA


Eu fiz aniversário! 
Mais um ano para trilhar, crescer, evoluir neste cadinho que chamamos de vida.
Entre as muitas mensagens que me fizeram contente, afagando o meu espírito e enchendo o meu coração de alegria, um poema de uma amiga, companheira das lides literárias, no eito da poesia, calou-me fundo na alma. Fiquei enternecida. Penso que nem mereço. Compartilho agora com os leitores do meu blog.

AMIGA-ALMA!  
(Martha Moro da Rocha)

Tens a luz do sol na alma
Trazes em si um vulcão acordado
Teu olhar, espelho do Universo
Tuas mãos a generosidade da vida
Tua voz é a serenidade inquieta.

Tua poesia é multiforme
Teu caminho são pedras amarelas
Teus amigos dádivas merecidas.
Menina Gê, te amar é encher-se de Luz...
Da tua Luz vinda de um coração infinito.

Amo tuas asas sobre rodas
Amo tua poesia
Amo tua presença
Amo tua inspiração
Amo tuas histórias
Amo tuas bonecas

Simplesmente: te amo!

LEVE, LIVRE & SOLTA!


Sejam bem vindos!
Vocês alegram a minh'alma e meu coração.

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Era uma luz no fim do túnel e eu não podia perder.
Era a oportunidade que me batia à porta.
Seria uma Delegada de Polícia, mesmo paraplégica!
Registrei a idéia e parti para o confronto.
Talvez o mais ousado de toda a minha vida.
Era tudo ou NADA!
(Genaura Tormin)



"Sou como a Rocha nua e crua, onde o navio bate e recua na amplidão do espaço a ermo.
Posso cair. Caio!
Mas caio de pé por cima dos meus escombros".
Embora não haja a força motora para manter-me fisicamente ereta, alicerço-me nas asas da CORAGEM, do OTIMISMO e da FÉ.

(Genaura Tormin)