O ÚLTIMO DISCURSO QUE FIZ DE PÉ
(Genaura Tormin)
Discurso de encerramento do ano de 1981 no Posto Policial do Hospital das Clínicas, de cujo Posto eu era a supervisora.
Meus queridos colegas de trabalho!
Meus amigos:
Hoje é um dia diferente para nós! Não um dia de vigília, de trabalho, mas um dia de lazer, em que os nossos corações se aproximam cheios de festa, e unidos damos as mãos para encerrar mais um ano de luta.
Aliás, a vida é uma constante luta. Se não o fosse, não teríamos nada para agradecer, pois o que não nos custa nada, pouco vale.
Prezados colegas,
Formamos aqui uma família, onde não há o maior nem o menor. Todos nós somos iguais, amigos e estamos no mesmo barco, remando com solidariedade para que ele não afunde.
Somos pequenos, mas como diz o velho adágio: o importante não é sermos grandes ou pequenos, mas sermos nós mesmos nos realizando com a missão que nos foi confiada.
Portanto, vamos dar largas à criança que vive dentro de nós. Vamos encerrar o ano com alegria! E dentro da amizade descontraída da nossa gente, brincar de amigo secreto e pagar a prenda ou a penitência se for necessário.
Como porta voz de vocês, quero agradecer de coração a cada um por dias tão maravilhosos que me proporcionaram neste posto. Obrigada!!
Genaura Tormin (3 meses depois fiquei inesperadamente paraplégica e sem motivo plausível)
Sou sua fã! Já dizia o poeta, que a vida é luta renhida, aos fracos abate e, aos fortes, só faz exaltar!
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