PLANTIO

PLANTIO
PLANTIO
(Genaura Tormin)

Deus,
Senhor dos mares e montes,
Das flores e fontes.
Senhor da vida!
Senhor dos meus versos,
Do meu canto.

A Ti agradeço
A força para a jornada,
A emoção da semeadura,
A alegria da colheita.

Ao celeiro,
Recolho os frutos.
Renovo a fé no trabalho justo,
Na divisão do pão,
. E do amor fraterno.

terça-feira, 15 de janeiro de 2019

ESSÊNCIA LIBERTA



Essência liberta


(Genaura Tormin)

De asas quebradas,
A ave não pode voar.
O invólucro é prisioneiro,
Mas a essência é liberta,
Bandoleira...

Crescem-lhe asas perfeitas,
Imaginárias.
As peias se partem na amplidão.
Desatam-se os laços!
Ilimitado é o espaço     
Para voejar versos,
Soltar a emoção
E sentir-se uma estrela andeja.

É muito importante a consciência de que não estamos aqui por acaso. A responsabilidade da caminhada é unicamente nossa e não podemos fraquejar. Somos seres gregários, cabendo-nos a compaixão pelo próximo, pelo menos o mais próximo. É sempre bom reafirmarmos os nossos propósitos de fé nos valores e no exercício do amor.
“Sei que toda caminhada tem um destino e uma direção, por isso, devo medir os passos, prestar atenção no que faço e no que fazem os que por mim também passam, ou pelos quais, passo eu.
Que eu não me iluda com o ânimo e o vigor dos primeiros trechos, porque chegará o dia em que os pés não terão tanta força e se ferirão no caminho e se cansarão mais cedo.
Todavia, quando o cansaço houver, que eu não me desespere e acredite que ainda terei forças para continuar, principalmente quando houver quem me auxilie.
É oportuno que, em meus sorrisos, eu me lembre de que existem os que choram.
Que, assim, meu riso não ofenda a mágoa dos que sofrem.
Quando chegar a minha vez de chorar, que eu não me deixe dominar pela desesperança, mas entenda o sentido do sofrimento que me nivela, que me iguala, que torna todos os homens iguais.
Quando eu tiver tudo: farnel e coragem, água no cantil e ânimo no coração, bota nos pés e chapéu na cabeça, razão para não temer o vento e o frio, a chuva e o tempo, que eu não me considere melhor do que aqueles que ficaram para trás, porque pode vir o dia em que nada mais terei para a jornada. E aqueles que ultrapassei me alcançarão no caminho. Poderão, também, fazer como eu fiz, e nada de fato fazerem por mim, que ficarei sem concluir o meu trajeto.
Quando o dia brilhar, que eu tenha vontade de ver a noite, em que a jornada será mais fácil e mais amena.
Quando for noite e a escuridão tornar mais difícil a chegada, que eu saiba esperar o dia como aurora, o calor como bênção.
Que eu perceba que a caminhada só poderá ser mais rápida, mas muito vazia.
Quando eu tiver sede, que encontre a fonte no caminho.
Quando eu me perder, que ache a indicação, a seta, a direção, a estrela‑guia.
Que eu não siga os que se desviam, mas que ninguém se desvie seguindo os meus passos.
Que a pressa em chegar não me afaste da alegria de ver a simplicidade das flores à beira da estrada.
Que eu não perturbe os passos de ninguém.
Que eu entenda que seguir faz bem, mas, às vezes, é preciso ter-se a bravura de recomeçar, voltar ao ponto de partida, tomar outra direção.
Que eu não caminhe sem rumo.
Que eu não me perca nas encruzilhadas, mas não tema os que assaltam e os que embuçam.
Que eu vá aonde tiver que ir e, se eu cair no meio do caminho, que fique a lembrança de minha queda para impedir que outros caiam no mesmo abismo.
Que eu chegue, sim, mas, ainda mais importante que eu faça chegar quem me perguntar, quem me pedir conselho, e acima de tudo, seguir-me, confiando em mim.”
A vida é cheia de quedas, de alegrias, realizações, muitas chegadas, onde tantos nos esperam cheios de sorrisos, de incentivos.


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Sejam bem vindos!
Vocês alegram a minh'alma e meu coração.

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Era uma luz no fim do túnel e eu não podia perder.
Era a oportunidade que me batia à porta.
Seria uma Delegada de Polícia, mesmo paraplégica!
Registrei a idéia e parti para o confronto.
Talvez o mais ousado de toda a minha vida.
Era tudo ou NADA!
(Genaura Tormin)



"Sou como a Rocha nua e crua, onde o navio bate e recua na amplidão do espaço a ermo.
Posso cair. Caio!
Mas caio de pé por cima dos meus escombros".
Embora não haja a força motora para manter-me fisicamente ereta, alicerço-me nas asas da CORAGEM, do OTIMISMO e da FÉ.

(Genaura Tormin)