PLANTIO

PLANTIO
PLANTIO
(Genaura Tormin)

Deus,
Senhor dos mares e montes,
Das flores e fontes.
Senhor da vida!
Senhor dos meus versos,
Do meu canto.

A Ti agradeço
A força para a jornada,
A emoção da semeadura,
A alegria da colheita.

Ao celeiro,
Recolho os frutos.
Renovo a fé no trabalho justo,
Na divisão do pão,
. E do amor fraterno.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

UMA VOLTINHA AO PASSADO




UMA VOLTINHA AO PASSADO
(Genaura Tormin)

Bom dia chuvoso por aqui. 
Traz-me o passado de volta, na fazenda.


Até o cheiro parece chegar-me às narinas. 

Como a gente foi feliz naquele tempo!

A liberdade ao vento sibilante, pelos caminhos e atalhos, saltitava aos nossos olhos brilhantes, que criavam tanto encanto!


As manhãs eram sempre presentes de um Deus bom e acolhedor.

A vida é assim! 

Tem as suas fases, os seus ciclos evolutivos para a confecção da criatura de Deus. 

Hoje, eis-me em plagas tão distantes daquele cantinho, que se perdeu entre a neblina, nas ramagens da existência.


De tudo, restou-me apenas saudades! 

Muitas saudades para relembrar tanta vida entre a natureza florida, grávida de flores e frutos, cor e essência. 

Era a existência que, a cada dia, renascia no salão verde do milharal, com suas bonecas loiras e ruivas. 


Tudo perece para renascer em ninhos na natureza!

No meu coração também renasciam tantos desejos, tantos projetos de futuro!

E é nesse futuro que estou agora, após tantos anos que nem mais sei mensurar.

Ao lado do beiral da janela do meu quarto, posso ver a manhã envolta em densa cerração. 


Volto no tempo e me vejo passeando pelo meu passado tão longínquo.

Quantos anos se passaram! 

Esvaíram-se por entre os meus dedos ávidos.

Eu cresci, principalmente, amparada pelos percalços, pelos tombos, pelos amores e sucessos que fizeram de mim esse gigante que sou hoje.

Era a bigorna forjando a obra, a ferro e fogo.

Por isso sou soldado de minha própria batalha e sigo no front.

Creio que tudo se transforma e passa! Um novo dia chegará radioso, cheio de soluções e encantos.

O que é registrado no coração, a alma confirma, Deus abençoa e a vida eterniza.

Nesse estágio, fui criatura e criadora! Decantei em verso e prosa tudo que vi. Fiz poemas, pintei e bordei o que desbotado encontrei.
Mas a minha melhor e mais bonita obra de arte foram os quatro filhos que pari. Minhas crias!


Significam razão de vida e a perpetuação dessa família que tivemos a honra de construir.


Meus ombros podem carregar o mundo!

De menina franzina, ingênua, à mulher guerreira ante às muitas intempéries, que reputo benfazejas. Amém.

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Sejam bem vindos!
Vocês alegram a minh'alma e meu coração.

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Era uma luz no fim do túnel e eu não podia perder.
Era a oportunidade que me batia à porta.
Seria uma Delegada de Polícia, mesmo paraplégica!
Registrei a idéia e parti para o confronto.
Talvez o mais ousado de toda a minha vida.
Era tudo ou NADA!
(Genaura Tormin)



"Sou como a Rocha nua e crua, onde o navio bate e recua na amplidão do espaço a ermo.
Posso cair. Caio!
Mas caio de pé por cima dos meus escombros".
Embora não haja a força motora para manter-me fisicamente ereta, alicerço-me nas asas da CORAGEM, do OTIMISMO e da FÉ.

(Genaura Tormin)