PLANTIO

PLANTIO
PLANTIO
(Genaura Tormin)

Deus,
Senhor dos mares e montes,
Das flores e fontes.
Senhor da vida!
Senhor dos meus versos,
Do meu canto.

A Ti agradeço
A força para a jornada,
A emoção da semeadura,
A alegria da colheita.

Ao celeiro,
Recolho os frutos.
Renovo a fé no trabalho justo,
Na divisão do pão,
. E do amor fraterno.

sábado, 18 de fevereiro de 2012

TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 18a. REGIÃO



TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 18a. REGIÃO
(Genaura Tormin)

Por acaso encontrei esse discurso que eu proferi em defesa do TRT.
Eram tempos dificeis! O ano de 1999! Penso que fiz a defesa direitinho. empunhando a justiça e o amor que tenho pela causa.
A Justiça do Trabalho é referência. A mais acessível, mais célere e a mais democrática deste país! . Em particular o Tribunal goiano, do qual sou serventuária.


Senhora Juíza-Presidente deste Tribunal Regional do Trabalho,
Senhor Deputado Federal Pedro Wilson,
Ilustres autoridades, aqui presentes,
Meus colegas serventuários da Casa,
Senhores e senhoras:

Somos uma Nação organizada, tutelada! Todo poder emana do povo e em seu nome será exercido, diz a nossa Lei Maior.

Como princípios fundamentais encontram-se a cidadania, a dignidade da pessoa, os valores sociais do trabalho, entre outros.

E o trabalho remonta aos tempos do homo sapiens, das cavernas, por estar ligado à sobrevivência. Com o passar dos séculos e com a evolução dos povos, naturalmente, necessário se fez a normatização das condutas, consuetudinária ou não, para garantir direitos às relações entre os indivíduos.

E no século que ora se finda, mais precisamente, nos idos de 1934 a 1937, no nosso torrão brasileiro, sob o domínio de um Presidente altruísta e determinado, o gaúcho Getúlio Vargas, homem de grande visão política das condições existenciais daquela época, nascia as Comissões Mistas de Conciliação e Julgamento, embrião que veio a se transformar na JUSTIÇA DO TRABALHO, braço do Poder Judiciário, vislumbrada na Constituição do Brasil, ainda getulina, de 1946, ano de minha estréia como ser vivente em terras nordestinas deste meu querido Brasil!

Conotativamente, o meu desvelo pelo trabalho, pela satisfação de poder emprestar minha participação, embora, agora, numa cadeira de rodas.

A Constituição de 1988, considerada a Constituição-Cidadã, que legou aos brasileiros as mais amplas garantias individuais e sociais da história, não  pode ser modificada. E nela encontra-se a Justiça do Trabalho a partir dos artigos  111 até o 117.

Mas agora, senhores, por meio da CPI do Judiciário (diga-se de passagem, considerada inconstitucional) e com fulcros em duas denúncias de irregularidades, já sub judice, dos TRTs de São Paulo e da Paraíba, querem destruir a Justiça do Trabalho.

Os inocentes não podem pagar pelos pecadores. Alguns joios não podem macular a integridade de toda uma colheita que está sendo pródiga, próspera e benfazeja!

Conhecedora da sua eficácia, por integrar-lhe os quadros há alguns anos e por me preocupar com o lado sociológico do nosso povo, posso afirmar sem medo de errar, que se trata da justiça mais acessível, mais célere e a mais democrática deste país!
Com certeza, tal intento não chegará ao fim colimado!

Não é possível que o povo, de quem emana o poder, permita tal retrocesso!

Reformar, sim! E dentro dos liames institucionais e processuais, para que melhor se ajuste aos referenciais de cidadania conquistados na Carta Magna.

E depois, é bem verdade que o Brasil cresceu em tecnologia, principalmente na informática, industrialização, e agora com a globalização, aumentando as relações sociais e também as demandas que sobrecarregam o Judiciário.

É preciso que continuemos a angariar divisas, e a Justiça do Trabalho é uma conquista.

Especializada, como a de vários outros países do mundo, como a da Alemanha que se parece muito com a nossa, a da Inglaterra, a da Suécia, a da França, a da Bélgica e outras mais, tem que ser preservada, e por que não  aumentada a sua competência?

Dados estatísticos apontam dois milhões de ações recebidas e decididas por ano pela Justiça do Trabalho. É morosa, esta Justiça, senhores?

Muito pelo contrário, é ágil, descomplicada, barata e voltada para o social, uma vez que o salário, as verbas rescisórias, objeto das litigâncias, têm, em regra, natureza alimentar. É um direito diferenciado, especial. Por essa razão, a especialização da Justiça do Trabalho.

Por assim entenderem os constituintes, o contrato de trabalho foi o único contrato regulamentado pela Constituição Federal.

É preciso que fiquemos atentos, pois o retrocesso marginalizaria o país em detrimento de sua classe produtora, principalmente a daqueles que com o suor do rosto e com as mãos laboriosas sustentam a nossa economia, como a décima do planeta.

Confiando no poder de luta, no poder de persuasão do povo brasileiro e dos parlamentares que os representam, finalizo conclamando: Que a Justiça do Trabalho continue viva, para o bem da Nação, do capital e do trabalhador!

Obrigada!

(Proferido por Genaura Tormin no auditório do Tribunal Pleno do
Tribunal Regional do Trabalho da 18a. Região, em 1999.)

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

domingo, 12 de fevereiro de 2012

OFÍCIO DO AMOR



OFÍCIO DO AMOR
(Genaura Tormin)

O amor é o melhor remédio
Para todas as tristezas e dores!
Abre portas e Janelas,
Constrói pontes e possibilidades.

Para os que caminham sem pés,
Nas asas das dificuldades,
A sua importância é bem maior,
Chega a fazer milagres.

Mas o amor, de que falo,
Não é o excesso de proteção,
Que impede os aprendizados,
As conquistas, e gera acomodação...

Esse amor, esse tão grande amor,
Chama-se AMOR-RESPEITO,
AMOR-RESPONSABILIDADE,
Amor companheiro, que não mutila
Nem rotula de inválido.

A verdadeira invalidez está na mente,
De quem não tem compaixão,
E não sabe transmitir coragem
No ofício de um amor-irmão.

Gyn, 12.02.2012

sábado, 11 de fevereiro de 2012

UM OUTRO NINHO


UM OUTRO NINHO
 (Genaura Tormin)

Deponho as armas!
O trabalho foi árduo!
O jugo ainda oprime.
No alforje, nada resta.
Tudo é solidão
A sangrar saudades.

Desse porão,
Tento perder as chaves,
Mas dele se esgueiram
Todos os meus fantasmas.

Rotas,  estão as vestes,
Andrajos que aqui deixarei. 
A alma agora,
Exibe-se nua,
Sem peias nem amarras.

No silêncio, 
Ouço o sussurrar do vento 
A dizer-me baixinho:
Há, ainda, um outro ninho!
Venha comigo!
Vamos voar,  subir...
Subir é o caminho!

E eu vou  seguir a voz do vento!
Partir sem deixar lamentos,
Alcançar o topo do tempo,
Vestir outro corpo e voltar aqui!

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

SEXO



SEXO
(Genaura Tormin)

Sexo é a sublimação do amor.
Fora desse parâmetro,
É fisiologismo.
O amor procura o sexo
E o sexo coroa o amor.
Ambos alimentados
Pela vivência,
Pelas trocas diárias,
Pelos frutos desse amor...

Amor é procura do eterno.
É a consciência cósmica
Dentro de nós.
É a forma mais linda,
Que Deus encontrou,
Para que o homem
Fosse criatura e criador:
Propagasse a espécie.

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

EM DEFESA DA ACESSIBILIDADE


EM DEFESA DA ACESSIBILIDADE
(Genaura Tormin)

Deficiência não é uma opção pessoal: é também ônus do próprio progresso. Quanto maior o avanço tecnológico, maior também a incidência de acidentes e o aparecimento de pessoas com deficiência.

As autoridades constituídas deveriam tratar os seus idosos, os seus deficientes e as suas crianças com maior deferência, mais respeito. Deveriam imitar os Países mais evoluídos.

A pessoa com deficiência é parte da sociedade e também paga impostos. Pode e deve se sustentar com o fruto do seu trabalho. O que ela precisa é ser reconhecida, não como coitada, mas como força de trabalho, como indivíduo produtivo, como cidadão. E, para isso, é de fundamental importância a supressão das barreiras de concreto, permitindo-lhe executar o caminhar pelas ruas da cidade.  Além disso, os governantes precisam se preocupar com o mobiliário urbanístico, a acessibilidade ambiental e os transportes coletivos, propiciando vida, não só às pessoas com deficiência, mas às desigualdades, como bem disse Rui Barbosa.

Dentro desses parâmetros, sinto-me gratificada por ter ocupado um cargo tão esdrúxulo aos olhos do leigo (Delegado de Polícia), provando, assim, que a pessoa com deficiência pode, não só ser força de trabalho, mas força transformadora.

Transcrevo, na íntegra, ofício de minha lavra, quando titular da Delegacia de Vigilância e Proteção de Menores de Goiânia, endereçado a um parlamentar municipal, corroborando o seu nobre projeto em prol da acessibilidade às pessoas com deficiência física e do direito à vida.

Li, com muita alegria, em O Popular, matéria sobre o projeto de lei de sua autoria que trata da feitura de rampas nas ruas e logradouros públicos para acesso às pessoas com deficiência.

Fico contente. Afinal um parlamentar municipal encampa tão digna bandeira, pois pernas têm, apenas, a simples função de andar, enquanto o cérebro é o comando, é a vida, é o progresso.

Quantas vezes assistimos de cátedra a essa sociedade, a essa cúpula das grandes empresas estatais e até de nível nacional, deceparem grandes cabeças com aposentadorias, simplesmente por causa de uma disfunção locomotora.

Na qualidade de delegada titular da Delegacia de Vigilância e Proteção de Menores de Goiânia, e deambulando numa cadeira de rodas, posso afirmar que não há quaisquer dificuldades para o desempenho de minha função, a não ser quando enfrento grandes escadarias de prédios públicos, o que não me arrefece, pois, se não houvesse desafios não haveria méritos e os trapezistas não teriam espectadores. Assim iremos criando consciência popular, e quem sabe, no futuro, compreenderemos que a deficiência física é fruto do próprio progresso, do avanço tecnológico, fazendo-nos irmãos de verdade, com acesso e aceitabilidade em todos os lugares.

Precisamos mudar o porvir! Permitir que a sociedade reconheça que somos parte do sistema socioeconômico e político do País. Isso conseguiremos com esse primeiro degrau que o nobre parlamentar acaba de legar-nos. Depois, com a coragem, a ousadia, a garra que, geralmente, substituem a falta ou a disfunção de órgãos locomotores.

Se um deficiente físico de cadeira de rodas pode ser até Delegado de Polícia, o que mais ele não poderá exercer?

A sociedade, justamente pela falta de acesso ambiental e arquitetônico que isola a pessoa com deficiência, foi conduzida a vê-la sempre como pessoa incapaz, inválida, e até relacionar cadeira de rodas à mendicância.

Precisamos mudar tal consciência! Precisamos ir à luta nem que seja para legar aos que virão um lugar mais ao sol ou, pelo menos, o vital direito de emprestar ao País a sua cota-participação de trabalho.

Costumo dizer que a mente não está nos pés e o querer é poder.

Assim, mesmo com algumas disfunções locomotoras, visuais ou auditivas, a vida é possível e o trabalho é digno dentro da capacitação.

A pessoa com deficiência não precisa da caridade pública! Ela é vergonhosa para ela e para o País. Ela precisa de oportunidades, acessibilidade, meios para qualificar-se, evitando o subemprego, uma vez que as suas despesas primárias são inadiavelmente majoradas.

Assim, Senhor Ageu Cavalcante, o seu projeto de lei apresenta nímia contextura humana e merece elogios, pois, se aprovado, marcará a história de Goiás, incentivando-o a conquistar novos e maiores espaços para as pessoas com deficiência, corroborando-lhe o potencial e a dignidade.

Na oportunidade, apresento-lhe protestos de estima, consideração e muito respeito. (Assinado) Dra. Genaura Maria da Costa Tormin. Delegada de Polícia Titular da Delegacia de Vigilância e Proteção de Menores.
Genaura Tormin
Enviado por Genaura Tormin em 26/04/2008

TEMPO, TEMPO MEU


TEMPO, TEMPO MEU
(Genaura Tormin))

Tempo,
Que me roubou os passos,
Mas que me legou 
Muita segurança,
Muitas experiências, 
Muitos valores, 
Aprendidos com a dor!

Sinto-me feliz, contente!
Uma nova mulher!
Gosto-me assim. 
Embora o caminhar 
Tenha sido substituído,
Pelas rodas inanimadas
De uma cadeira, 
Não me sinto paraplégica!
Apenas diferente.
Amo e sou amada!

A vida,
Ainda acontece inteira
No meu coração!
Eu cumpro, 
E assumo o direito 
De ser MULHER, 
Em toda a sua plenitude.
Significa evolução.
Isso me basta nesta vida!

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

A DOR É O BURIL


A DOR É O BURIL
(Genaura Tormin)


A dor é o buril,
Que lapida a alma,
Expurga as mazelas,
Enrijece a couraça
Ante tormentas e procelas.

A aflição amadurece,
Leva ao desafio,
Vira prece e enobrece.
Conduz ao Perdão,
À energia curadora,
Que ensinou JESUS.

Feito uma espiral,
A dor também ensina,
Salva, liberta...
Chega aos píncaros
Do amor que consola,
Da alegria que cura...

Quantos poemas brotam
De um coração machucado,
Abandonado na dor,
De um sofrer exacerbado!

E assim,
Mesmo não sendo remédio,
O poeta medica e é medicado!

Gyn, 07.02.2012

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

INEXPLICÁVEL


INEXPLICÁVEL
(Genaura Tormin)

Poesia não se faz!
Ela brota,
Feito as lágrimas,
O amor,
A água que mina da pedra
Ou o lírio
Que nasce no pântano.

Ela é dom.
É inexplicável.
Dizem que o poeta é louco,
Mas o seu escrito é santo.

Ele cria fantasias,
Ouriça sentimentos,
Caminha com os astros
E faz morada nas estrelas.

Eu gosto de ser assim.
No esconderijo de minha fantasia
Versejo todas as linguagens,
Vou a todas as paragens
E guardo a emoção
De todas as imagens,
Pois o coração não tem porteiras
Nem cárceres.

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

BEM-AVENTURADOS AQUELES QUE SÃO MISERICORDIOSOS






BEM-AVENTURADOS AQUELES QUE SÃO MISERICORDIOSOS
(Capítulo X, 14 a 21)
(Genaura Tormin)

Saúdo a todos, incluindo os espíritos desencarnados aqui presentes. Que a paz esteja sempre entre nós!

Jesus querido, pai, amigo e mestre, que tuas vibrações de amor possam ser sentidas em nossos corações.

Pedindo a intercessão dos espíritos protetores para mais uma vez ajudar-me nesta tarefa, vamos numa só voz reafirmar o nosso compromisso de amor:

"Irmãos de toda Terra, amai‑vos uns aos outros!!! (3 vezes)

Hoje falaremos sobre o tema do Capítulo X, 14 a 21, do Evangelho segundo o Espiritismo - Bem-aventurados aqueles que são Misericordiosos.

Isso significa falar de perdão e consequentemente de amor, pois o perdão é a amostragem da misericórdia, da brandura do coração, da compaixão pelo outro.

No Sermão da Montanha, o maior tratado de sabedoria de todos os tempos, Jesus revela que os misericordiosos, aqueles que verdadeiramente perdoam, são bem-aventurados, porque eles próprios obtêm misercórdia.

Mahatma Ghandi chegou a dizer que, se dos ensinamentos do Cristo ficasse apenas os extratos do Sermão do Montanha, teríamos condições de pautar a nossa conduta dentro dos melhores parâmetros para nos relacionarmos bem em sociedade.

Misericórdia é uma manifestação da conduta humana. É bondade. A pessoa misericordiosa procura ver o lado melhor das coisas, das pessoas; não o pior. O julgador misericordioso é lento para condenar, mas rápido para recomendar. Ousa-se dizer que a indulgência faz parte da justiça. Por isso:

"Semeia tua coragem
para poderes encorajar o outro.


Semeia teu entusiasmo,
tua fé, teu amor.

Semeia coisas pequeninas,
insignificantes.


Semeia e confia:Cada semente há de enriquecer
um pequeno espaço de chão."
Consciente ou inconscientemente, armazenamos nos arquivos da mente recordações de fatos que nos ofenderam em épocas passadas e até em reencarnações anteriores.

Essas recordações causam-nos feridas morais, por isso é tão necessário o perdão, inclusive a nós mesmos. Perdoe-se, reconcilie-se com você mesmo, faça propósitos para viver em paz, irradiar paz. Ame-se! Se você não procurar gostar de você, como poderá gostar do próximo?

Procure ser indulgente. Jamais se ocupe com os atos maus dos outros. Não seja analista da vida alheia. Cada um é dono do seu destino. Afinal as nossas disposições mentais são diferentes. O que me faz sorrir, poderá não fazer sorrir o vizinho. Não faça observações chocantes. Ao invés de censuras, profira conselhos. Seja benevolente.

Será que o que criticamos dos outros não teríamos feito do mesmo jeito se estivéssemos no lugar deles? Somos mais vezes instrumentos das circunstâncias do que agentes da própria vontade.

Por que não evitar a discórdia, os atritos? É bom que contemos até 10, dando-nos um tempo para o raciocínio sadio. Uma pausa é sempre bem-vinda. Há o tempo de plantar e o tempo de colher, a periodicidade da maré, o dia e a noite fazendo intervalos. 

Já notaram que quando temos algo complicado a resolver, uma boa noite de sono indica a solução?Aí está a espiritualidade ajudando. Com certeza, quando saímos do corpo durante o sono, fomos à cata de orientação.
O ódio, a vingança, a mágoa envelhecem e envenenam as pessoas prejudicando a saúde física e mental.

O ato de perdoar é o remédio para a cura de todos os males. Renove-se! É bom ser um novo ser diante de Deus e de si próprio. Como queremos o perdão de Deus se não perdoamos os que nos têm ofendido? Como poderemos rezar O Pai Nosso?

As doenças, nada mais são do que a soma enrustida da vingança, do ódio, da maldade. Quem procura faxinar a alma e o coração, expulsando esses sentimentos maléficos e se reconciliando com tudo e com todos sobre a face da terra, naturalmente é feliz. E quem está feliz não adoece.

A própria medicina recomenda o perdão como poderoso medicamento. O psiquiatra afirma que o perdão é eficiente no alívio das tensões, pois liberta o paciente, dando-lhe uma sensação de leveza.

O ódio mata mais do que todos os revólveres dos bandidos, todas as calamidades juntas. É o destruidor da paz. É o veneno que destilamos também contra nós mesmos. Por isso o perdão é o remédio.

Podem observar que as pessoas com espíritos elevados perdoam sempre. O que vem debaixo não as atinge, como diz o provérbio popular. Se não nos ofendemos, não haverá o que perdoar.

A compreensão é a palavra chave para esse estágio elevado, pois só podemos dar o que temos e isso está atrelado à idade de nossos espíritos e ao esforço que fazemos para evoluir.

Nós sabemos que não há culpados. Somos todos vítimas dos próprios desacertos e aqui estamos tentando nova fórmula de fazer as coisas, de evoluir de acordo com a lei da ação e reação, tentando regatar os débitos.

É claro que somos um amontoado de erros, pois estamos num planeta de provas e expiações. Ocupamo-nos em criticar, reclamar de tudo e de todos e até de Deus.

O ser humano nunca sentiu tanta necessidade de encontrar a paz íntima, como nos dias atuais.

"Por que havemos de odiar
e desprezar uns aos outros?
Neste mundo há espaço para todos.


A terra, que é boa e rica, pode prover
todas as nossas necessidades.
O caminho da vida pode ser o da liberdade
e da beleza, porém nos extraviamos.

A cobiça envenenou a alma dos homens...
Levantou no mundo as muralhas do ódio...
E tem-nos feito marchar para a miséria e a violência."

Mesmo assim não nos preocupamos em renovar as nossas condutas, transformar em positivas as atitudes negativas, continuando assim a atrair energias contrárias que põem em descontrole a nossa vida, prejudicando os nossos familiares e amigos.

“Na realidade, o mais importante é o que SOMOS internamente, e que é demonstrado por nossos atos, pelo que fazemos em favor ou contra os demais.

De nada adianta termos uma bela aparência, um lindo rosto, um corpo bem modelado, se temos a mente e o coração empedernidos de maldades capazes de prejudicar os outros.

A beleza que deve ser cultivada é a interior, e para tanto, o mais importante, é procurar ter sempre um ato de amor, de amizade, ou ao menos uma palavra amiga para quem se acerca de nós, e não cometer atos de desamor, sempre procurando molestar alguém...”

Jesus falava por parábolas. E foi assim que associou o Reino de Deus ao perdão, porque a sua edificação é um estado de consciência pacífico, tranqüilo, com muita alegria e disposição de bem viver, sem mágoas, sem ressentimentos.

A consciência é o nosso juiz, e a defesa, com certeza, é o PERDÃO. Sei que é muito difícil perdoar sem limites as ofensas, as fraquezas dos outros. Entretanto, devemos nos lembrar de que cada um de nós já foi infinitamente perdoado por Deus e, ainda, espera ser perdoado.

As simpatias ou antipatias estampadas aleatoriamente, significam a qualidade das relações de anteriores reencarnações que se religam agora, tentando unir a grande família de todos os tempos, no propósito de semear a fraternidade universal. Sabemos que não é fácil, pois é aí que se encontram os desafios para os nossos resgates. Usemos a ferramenta caridade que é o estandarte maior dessa Doutrina Consoladora.

E por falar em família, gostaria de reafirmar que ela é mola mestra, a instituição básica para uma sociedade sadia. É o alicerce. E vocês, pais, têm muita responsabilidade. Vivam de forma que, quando seus filhos pensarem em justiça, carinho, e integridade, pensem em vocês.

Henri Lacordaire, o ilustre vigário da catedral de Notre-Dame, de Paris, disse: "A sociedade não é mais do que o desenvolvimento da família: se o homem sai da família corrupto, corrupto estará para a sociedade."

De acordo com a Lei da reencarnação, é possível que por vezes estejamos diante de algozes do passado, estampados agora como um filho, um marido, um pai. Isso é a justeza de Deus. É a oportunidade abençoada para que ajustemos as nossas contas no exercício do amor.

Por isso eis a necessidade do perdão, que é uma grande vitória, mas que não bane as faltas. “O arrependimento ajuda o progresso, porém o passado deve ser expiado e a lei de Deus está escrita na consciência de cada um”.

É preciso agir, pois a inércia, a preguiça, a letargia emperram o progresso de nossa caminhada.

"De tudo o que existe,
O mais importante está dentro de você.
São as suas qualidades de coragem,
Confiança e amor que querem brilhar,
Produzir resultados, dar-lhe saúde e paz.


Ponha-as em uso, visando realização,
Melhoria e pacificação,
E as verá fluírem de dentro
Como um pássaro restituído à liberdade.


Renove-se!
Trabalhe com confiança!
Aja com fé no dia de hoje e no de amanhã.
Confie nas suas qualidades,
Porque são de Deus.


Tudo melhora por fora
Para quem melhora por dentro.

Você é um pássaro preso
Quando prende as suas qualidades.
Por isso, voe, mas voe bem alto
E verá do que você é capaz..."


O avançado da hora se registra. Caminhamos para o término deste meu convívio com vocês. Esperando ter conseguido construir algum bem, vamos arrematar com uma reflexão sobre
Diretrizes para o ser humano
[autor desconhecido]

Você receberá um corpo físico.
Você pode amá-lo ou detestá-lo,
Mas ele será seu ao longo de toda a sua existência.
Você receberá lições.


Você estará matriculado na escola da vida
Em período integral.
Você terá oportunidades para aprender
A cada dia que passa.


Você poderá usar estas oportunidades ou
deixá-las passar simplesmente.
Não há erros, apenas lições.


O crescimento é resultado de um processo
De tentativa e erro: uma experimentação.
Os experimentos fracassados são tão parte do processo
Quanto os experimentos que funcionam.


Uma lição se repetirá até que tenha sido aprendida.
Esta lição será apresentada a você sob várias formas
Até que você a tenha aprendido.


Quando conseguir isso,
Poderá então passar para a próxima lição.
Aprender lições é um processo interminável.


Não há nenhum evento na vida que não contenha uma lição.
Se você está vivo, sempre haverá uma lição para aprender.
Os outros são apenas espelhos da sua própria imagem.


Você não pode amar ou detestar alguma coisa
Em outra pessoa sem que isso reflita alguma coisa
Que você ama ou detesta em si mesmo.


É você quem escolhe o que quer fazer da sua vida.
Você tem todas as ferramentas e recursos de que precisa.
O que faz com eles, é problema seu.
A escolha é sua!


As respostas estão dentro de você.
As respostas às questões da vida estão dentro de você.
Tudo que você tem a fazer é prestar atenção, ouvir e confiar.

E agora, vamos pedir ao Mestre Jesus que nos abençoe.
Vamos ofertar-lhe o nosso esforço para evoluirmos rumo ao bem, aumentando a conquista pela paz nos dias que se seguem.
Muito obrigada!

Palestra proferida por Genaura Tormin,
 no PAI, em Goiânia.

QUEM SOU EU


QUEM SOU EU
(Genaura Tormin)

Ainda não sei quem eu sou.
Penso que de tudo sou um pouco:
Garra, tristeza, dor,
Solidão, coragem, ousadia,
E muito AMOR!

Sou a estampa da alegria!
Faço versos no dorso da poesia.
Tento driblar o espaço,
Unir-me às asas dos pássaros,
E soltar as peias,
Afrouxar os laços...

Deixar que esse Pássaro-rebelde
Voe alto, voe longe...
Nos veios da fé e da esperança,
Que animam essa criança
Que mora aqui dentro de mim.

O desafio me fascina!
Não aceito cabresto!
Livre, leve e solta eu sou!
E assim, vou seguindo,
Plantando versos pelos caminhos.


LEVE, LIVRE & SOLTA!


Sejam bem vindos!
Vocês alegram a minh'alma e meu coração.

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Era uma luz no fim do túnel e eu não podia perder.
Era a oportunidade que me batia à porta.
Seria uma Delegada de Polícia, mesmo paraplégica!
Registrei a idéia e parti para o confronto.
Talvez o mais ousado de toda a minha vida.
Era tudo ou NADA!
(Genaura Tormin)



"Sou como a Rocha nua e crua, onde o navio bate e recua na amplidão do espaço a ermo.
Posso cair. Caio!
Mas caio de pé por cima dos meus escombros".
Embora não haja a força motora para manter-me fisicamente ereta, alicerço-me nas asas da CORAGEM, do OTIMISMO e da FÉ.

(Genaura Tormin)