PLANTIO

PLANTIO
PLANTIO
(Genaura Tormin)

Deus,
Senhor dos mares e montes,
Das flores e fontes.
Senhor da vida!
Senhor dos meus versos,
Do meu canto.

A Ti agradeço
A força para a jornada,
A emoção da semeadura,
A alegria da colheita.

Ao celeiro,
Recolho os frutos.
Renovo a fé no trabalho justo,
Na divisão do pão,
. E do amor fraterno.

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

ÚLTIMO DESEJO


ÚLTIMO DESEJO
(Este é um dos capítulos do meu livro PÁSSARO SEM ASAS)
(Genaura Tormin)

O desespero começava a rondar-me, sutilmente, durante os poucos momentos em que ficava sozinha no sofá da copa ou na cadeira de rodas que me arranjara o senhor França. Não tinha destreza para manejá-la. Não tinha traquejo com veículo tão desajeitado e estava fraca, muito vulnerável. Ela era grande e por vezes transformava-se numa cama. Assim não vencia distâncias enquanto os olhos alcançavam longe os afazeres de dona de casa. Agora não mais os podia fazer. Teria que ser indulgente até para determiná-los.

Foi aí que tomei consciência do que me havia acontecido e do que ainda iria me acontecer. Era “chumbo grosso” e a solução era remota. O jeito era poetar a desventura:

MEDITANDO

Dia comprido,
Sem sol,
Sem flores,
Sem amores.

Frio no tempo,
Cansaço,
Loucura,
E na alma,
O muito que apavora.

Em tudo,
A saudade que queima,
A lâmina que fere,
O frio que aumenta,
A lágrima que cai
E a dor do irreversível.

Cada dificuldade das crianças ou na rotina da casa refletia-se em mim como constante reafirmação de minha inutilidade, de impotência, além dos muitos cerceamentos estampados no próprio corpo e na liberdade de ir-e-vir.

Temendo uma crise depressiva, ocupava-me o tempo todo para não pensar, até acostumar-me às novas condições de vida. Por sorte, tinha muitas visitas, recebia telefonemas e os fazia também. Carinho não me faltava. E foi assim que fui informada de um curso para formação de Delegados de Polícia, que se estendia a comissários com o objetivo de preencher vagas nas demais delegacias, mediante concurso interno.

Por telefone, obtive todas as informações necessárias sobre o curso preparatório. Informei-me, também, sobre a compra de uma cadeira de rodas menor que pudesse ser transportada no porta-malas do carro. Sem vivência com “veículo tão esdrúxulo”, achei o preço muito elevado, mesmo por que não pensava que a paralisia pudesse ser irreversível. A esperança é a última que morre, embora as evidências de uma deficiência permanente se estampassem a todo o momento.

Por ser Comissária de Polícia, bacharela em Direito, pertencer aos quadros da Polícia Civil há dezesseis anos, resolvi enfileirar-me entre os concorrentes. Era uma luz no fim do túnel e eu não podia perder. Era a oportunidade que me batia à porta. Seria uma Delegada de Polícia, mesmo paraplégica! Registrei a idéia e parti para o confronto. Talvez o mais ousado de toda a minha vida. Era tudo ou NADA!

Entrei em contato com a Associação dos Deficientes Físicos, cuja presidenta, uma mulher bonita, de olhos claros e semblante amigo, havia-me visitado no hospital. Não a encontrei. Deram-me o seu telefone. Minutos depois, estávamos numa progressista conversa. Ela era muito otimista. Havia feito advocacia e incentivou-me ao curso, emprestando-me uma de suas cadeiras, pois, também era paraplégica. Já me imaginava trabalhando, sentada à mesa de espaçoso gabinete, presidindo muitos inquéritos.

Assim, certamente, esquecer-me-ia dos próprios problemas. Embora o corpo estivesse fragilizado, a mente estava sã, agarrada com unhas e dentes aos louros do iminente sucesso.
A força não provém da capacidade física e sim de uma vontade indomável, disse Mahatma Gandhi. Somos o que pensamos ser. Dei asas à imaginação e o meu desejo tomou formas, cores e vida.

Agora esperava o momento de conseguir a anuência do Alfredo de quem muito precisava para a consecução de tal façanha. Mesmo com jeitinho, ele não anuíra ao pedido. Enumerara uma leva de dificuldades: condições psíquicas, físicas, fisiológicas, e ainda as escadarias até o anfiteatro onde se realizaria o curso.

Não me dei por vencida. Iria tentar outra vez ou muitas outras vezes.
O ambiente desafiador é o sucesso do guerreiro, a arma de sua luta, o front de sua trincheira. E eu precisava construir o meu universo, seguir a minha vida!
Nos meandros de mim mesma, pensava: e se eu ficar paraplégica para o resto da vida? Receberei mísera pensão por invalidez que mal dará para comprar remédios. E a inércia, o não fazer nada, a ociosidade... NÃO! Vou à luta! Tenho mente sã e posso ser uma delegada! É um cargo de comando, cartorário. Poderei servir de exemplo a outras pessoas com deficiência física. Poderei abrir caminhos. Não vou permitir que a vida me transforme num cadáver vivo! Tenho muito ainda a fazer! Tenho flechas na aljava e mantimento para o caminho.

O curso estava prestes a começar. O Alfredo continuava achando absurda a minha pretensão e por nada cedia. Havia cinco dias que estava em casa, mas, imbuída na consecução do meu tão importante desejo, os dias lentamente se arrastavam, talvez, dado ao cerceamento de ficar ali, sempre, sem poder andar, presa ao sofá ou à cadeira de rodas que não passava nas portas. Precisava ser forte, resistir, vencer e sublimar o que realmente não pudesse mudar:

SUBLIMAÇÃO

Viver
É realizar-se,
Amar,
Sofrer,
Resistir.

Realizar-se
É não se subjugar:
É ser forte ou frágil,
Se preciso.

Realizar-se é,
Antes de tudo,
Ousar,
Trabalhar,
Sublimar para não sofrer,
Diante do que não se pode mudar.

No dia seguinte começaria o curso. Precisava urgentemente fazer alguma coisa dramática para convencer o Alfredo. Por sorte, recebemos a visita de um compadre, Francisco, homem simples, acostumado a lavrar a terra, a acreditar no ser humano e dedicar-lhe respeito e solidariedade. Ao me ver estendida no sofá, sem mobilidade e totalmente dormente dos seios para baixo, ficara em pânico. Lamentando-se, o compadre, com os olhos rasos de água, relembrou as lutas que nos alicerçaram: a situação financeira no início do casamento, que me fazia costurar para ganhar dinheiro nos feriados e fins de semana, tendo em vista trabalhar o dia inteiro na Secretaria de Segurança Pública; as dificuldades para estudar, pois eu e Alfredo ingressamos no curso de Direito quando esperávamos o último filho, sendo que os outros ainda eram bem pequenos. Aproveitando do ensejo, disse do curso preparatório que pretendia fazer e o compadre horrorizou-se. Na sua simplicidade, entendeu que seria o meu último desejo em vida. Pela esposa e mãe batalhadoras que havia sido, o Alfredo deveria satisfazê-lo para não ter remorsos depois.

Assim consegui a aprovação do marido. No dia seguinte, estávamos a caminho para o primeiro dia de aula. “Nas grandes batalhas da vida, o primeiro passo para a vitória é o desejo de vencer” — dizia Gandhi. Desejo era o que não me faltava, talvez impulsionada pelo medo da inutilidade a que o destino estava tentando atirar-me.

Preenchi-me de coragem, pensei positivo e parti resoluta e firme, convicta de que não perderia a guerra. Entretanto a aproximação dos colegas curiosos com a repentina paraplegia, de vez em quando me marejava os olhos. A falta de mobilidade locomotora, o ter de ficar ali à espera sempre, as grandes rodas da cadeira e o elo que me prendia a ela, deixavam-me grande tristeza, que procurava esconder sob sorrisos. Como era difícil prestar-me a tão dura cena, enquanto o coração gritava: — chora! Você tem direito. Deixa-se volver em rios, em mares...

Alfredo subia as escadas carregando-me nos braços, enquanto o Dr. Messias, solidariamente, conduzia a cadeira de rodas. Éramos “marinheiros de primeira viagem” e ainda não sabíamos que era bem mais fácil subir as escadas sentada na própria cadeira de rodas.

Numa dessas vezes, um colega, que me via pela primeira vez sem andar, aproximou-se timidamente, pálido, emocionado, sem conseguir esconder os olhos marejados. Num esforço sobre-humano tentei confortá-lo:
— Veja como sou querida! Quando voltar a andar, sentirei falta de o maridão carregar-me ao colo... Viu que bebezão sou eu!? Assim evitei suas palavras de lamento e o vi afastar-se acabrunhado.

Dois lanços de escadas até o anfiteatro onde seria ministrado o curso. Muitos colegas e os professores: Dr. Miguel Batista de Siqueira, então Superintendente da Academia de Polícia de Goiás e seu irmão, Dr. Geraldo, Procurador de Justiça. Não podendo ocupar uma poltrona, postei-me na lateral, mesmo na cadeira de rodas. Com o caderno sobre os joelhos, percebi com surpresa que não conseguia fazer anotações. A lesão medular, localizada logo abaixo dos seios, bloqueara-me o equilíbrio. O que fazer? Cada vez que tentava, sentia-me caindo para frente. E agora? Pensei no propósito que havia feito, ainda no hospital, de ir à luta por mim, pelos filhos, marido, pela vida... Agora, abandonar tudo? Voltar e me ver morrer aos poucos? Isso não faria jamais! Era muita covardia comigo mesma. Afinal a mente estava sã.

Naquela limitação gritante, estava perdida. Os colegas olhavam-me, dirigiam-me palavras de otimismo, enquanto muitos passavam a mão sobre os meus cabelos ou beijavam-me. Um deles, inadvertidamente, chegou a dizer-me que se ficasse com tamanho cerceamento preferiria suicidar-se.

Alfredo, ao lado, percebia a dificuldade. No trajeto para casa, tentou persuadir-me a abandonar o curso. Primeiro, porque me tomava o dia inteiro, impedindo-me de fazer fisioterapia. Depois, porque eu não conseguia fazer anotações, por falta de equilíbrio. Dessa forma, como estudaria, como conseguiria aprovação? Foi aí que me lembrei do velho gravador com o qual havia registrado as aulas mais importantes do curso de Direito. A solução estava arranjada! Era só comprar fitas cassete. Poderia gravar tudo e reestudar quantas vezes fossem necessárias. Para conseguir aprovação, iria dar o sangue. Não seria por falta de estudar. Derrota era e é um vocábulo muito feio para mim. Não me subjugaria a ela.

Passei a fazer a fisioterapia no intervalo para o almoço, logo que saíamos do curso, às 11 horas (das 11 às 12 horas) no Hospital Ortopédico, onde, por vezes, colocavam-me de pé, com as pernas em “canaletas”, devidamente enfaixadas, quando era tomada por horrível sensação de desmaio, impotência, desfalecimento. Tal exercício era necessário, pois eu tinha que reconquistar a posição vertical. O consciente negava-se a aceitar uma postura sentada.

— Que coisa estranha! Em apenas um mês, quanta mudança! — pensava confusa.
E assim, íamos driblando a vida. Acordava às 5 horas para ter condições de estar na escola às 7h15min. Não podia ser diferente porque ocupava cadeira de rodas. Afinal, lutava por isonomia e pleiteava um cargo de Delegado de Polícia que, para o público, era mais do que um paradoxo. Precisava descartar a tão conhecida “pena” que tanto nos faz mal, e preparar-me bem para conquistar a aprovação no final.

Prestava-me, todas as manhãs, à difícil e complicada mão-de-obra, principalmente por ser nova na profissão de paraplégica.
Ajudada pelo Alfredo, tomava banho, ficava bonita com batom até os cantos das orelhas. Com dificuldade, fazia escova nos cabelos e moderada maquiagem. Usava brincos como arte final. Acredito que a vaidade deve ser inerente à mulher. Bom semblante espalha bons presságios. Esmerava-me nisso para ficar bem comigo e causar boa impressão.

Numa dessas manhãs, prontinha para mais um dia de aula, fui alertada pelo odor de que não estava bem do intestino. Alfredo levava-me nos braços para o carro e o produto escorria pelo cós da calça, caindo sobre os seus pés. Tristeza?! Põe tristeza nisso! Eu não podia perder a aula, o curso, o concurso... Voltamos para o banheiro. Banho da cabeça aos pés, com sabonete bem cheiroso. Depois, de cabelinhos molhados, roupa limpa, ambos sentamos para uma conversa. Alfredo tentava persuadir-me, novamente, a deixar o curso. Seria impossível! E se ocorresse em classe?

Não sei onde adquiri tantas respostas convincentes. O certo é que chegamos atrasados, mas não faltamos à aula naquele dia. Outros casos, graves assim, não ocorreram, mas fui obrigada a aprender a balancear a alimentação. Tudo demais é veneno: nem muita folha nem muita massa. Temos que achar o equilíbrio.

Voltávamos para o almoço, quando os filhos preocupados queriam saber de todos os pormenores. Retornávamos ao curso às 13h30min, cujas aulas se estendiam até as 17 horas, quando novamente prestava-me à feitura da fisioterapia, agora em casa, com técnico previamente contratado. Os exercícios, feitos sobre um acolchoado no chão da varanda, eram práticas inusitadas para todos nós. O técnico fletia várias vezes as minhas articulações. Eram os manuseios. Tentava sem êxito colocar-me ajoelhada e de “gatão”. Aos olhos dos filhos, esforçava-me para fazer os exercícios ou deles participar na esperança de que me devolvessem os passos, a minha liberdade roubada, o poder correr, pular corda com as crianças, subir às árvores ou correr pelo areal das praias ao encontro das ondas quebradiças.

Enquanto me deixava manusear pelo técnico, em silêncio, lembrava-me de uma reportagem televisiva, de caráter científico, em que cercearam a locomoção de um pequeno coelho que servia de cobaia a pesquisas experimentais, tornando-o paraplégico. Com os olhos esbugalhados, querendo viver a todo custo, o pobrezinho, apenas com as patas dianteiras ilesas, arrastava seu pesado corpo desgovernado sobre a mesa do laboratório. Agora, como parecia com ele! Mas a minha missão era menos digna: não me prestava a experiências para a consecução de antídotos ou descobertas beneficentes à humanidade. E não havia sido imolada. A paraplegia viera de graça, de presente numa noite de festa. Entretanto como queria viver! Tenho consciência de que o corpo físico nada mais é do que uma farda de carne que envergamos para cumprir o nosso desiderato. Por isso a vida é uma curta viagem em que não se pode perder tempo. Até dos dissabores devemos tirar proveito. Quem sabe o coelho ensinava-me uma lição de resistência e crescimento. Teria que aproveitar a oportunidade. Por isso, mesmo depois de expirado o último fôlego de vida, ainda nos resta a oportunidade de servir.

Depois da morte do meu corpo físico, gostaria que todos os meus órgãos sãos fossem utilizados para, por exemplo, fazer pulsar um coração cansado; dar luz a olhos que nunca enxergaram...

Queria que até as mínimas partículas servissem de material de estudo aos futuros profissionais da área de saúde. Quem sabe para desenvolver a nanotecnologia, devolvendo a audição a quem nunca pôde ouvir uma música, o zumbido das abelhas, os refrulhos sonoros de um riacho, uma declaração de amor... Quem sabe, esses órgãos inanimados, essas partículas abandonadas, ainda possam contribuir para o estudo e o aperfeiçoamento da medicina, criando caminhos e mais saúde para todos. Gostaria que o resto, quando nada mais tivesse serventia, fosse deixado num lugar tranqüilo sob a terra pura, sem concreto, porque assim, ainda serviria de adubo para florescer um gerânio vermelho, símbolo de minha luta pela vida.

A ciência não conseguiu provar a inexistência de Deus. Ele existe! E eu acredito num Deus perfeito, do qual somos a criação. A alma não desce à sepultura, transcende à Casa do Pai. Daqui não levaremos nada, apenas o bem ou o mal que tenhamos praticado.

Acredito que já vivemos muitas existências e viveremos muito mais outras. Elas agem em nós feito um processo lapidador, respeitando o livre-arbítrio. A multiplicidade das existências no corpo físico não constitui apenas uma afirmação evangélica, mas uma verdade científica e filosófica, explicada pela Lei do Progresso, claramente estampada nas diferenças sociais, nas doenças congênitas, além de muitos acontecimentos atribuídos a fatalidades. E isso é necessário para que o espírito evolua, tendo por mestres a dor e as muitas experiências que, com certeza, o qualificará para o exercício do amor a si e ao seu próximo. Por isso este é um mundo de provações, próprio para o resgate de erros do passado. Ninguém reencarna sem uma cruz para carregar. É o que se chama de carma que pode ser de ordem física, moral ou financeira.

Com esse entendimento e partindo do princípio de que o Pai é justo, a aceitação do carma reverte-se em escadas para subirmos cada vez mais alto. Assim, aceitar a reencarnação significou aceitar a mim mesma. Significou a dura tentativa de relacionamento pacífico com o meu corpo paralítico.

(Após tudo isso, aprendi tanto! E eis-me aqui, forte e firme, alegre e bonita! Minha cadeira apenas me enfeita a silhueta, dando-me a oportunidade de servir mais, amar mais e seguir contente. Meu trabalho torna-me um ser humano INTEIRO.)

Um comentário:

  1. GenaurAmadAmiga...

    és uma Bela Mulher Forte e Mulher de Força, a qual admiro muito! E, ao ler teu precioso livro "Pássaro sem Asas", todo meu sentimento mais profundo e doce por ti, cresceu ainda mais.
    Já disse,mas repito aqui:vejo-te como grande e belíssimo Exemplo. E perde muito, quem ainda não leu teu livro, que é uma "verdadeira escola" para a vida...
    Saudade,querida! Bjo de Luz. Tão intensa quanto a Luz dos teus olhos e da tua alma.

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Era uma luz no fim do túnel e eu não podia perder.
Era a oportunidade que me batia à porta.
Seria uma Delegada de Polícia, mesmo paraplégica!
Registrei a idéia e parti para o confronto.
Talvez o mais ousado de toda a minha vida.
Era tudo ou NADA!
(Genaura Tormin)



"Sou como a Rocha nua e crua, onde o navio bate e recua na amplidão do espaço a ermo.
Posso cair. Caio!
Mas caio de pé por cima dos meus escombros".
Embora não haja a força motora para manter-me fisicamente ereta, alicerço-me nas asas da CORAGEM, do OTIMISMO e da FÉ.

(Genaura Tormin)