PLANTIO

PLANTIO
PLANTIO
(Genaura Tormin)

Deus,
Senhor dos mares e montes,
Das flores e fontes.
Senhor da vida!
Senhor dos meus versos,
Do meu canto.

A Ti agradeço
A força para a jornada,
A emoção da semeadura,
A alegria da colheita.

Ao celeiro,
Recolho os frutos.
Renovo a fé no trabalho justo,
Na divisão do pão,
. E do amor fraterno.

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

A PARÁBOLA DOS TALENTOS


A PARÁBOLA DOS TALENTOS
(Genaura Tormin)

"Não se pode servir a Deus e a Mamon"
(Capítulo XVI, 6 a 8)


É um prazer encontrar-me novamente entre vocês!
Saúdo a todos, inclusive aos espíritos desencarnados aqui presentes.
"Que a paz esteja sempre entre nós!"

Pedindo a intercessão dos espíritos protetores para, mais uma vez, ajudar-me a tocar os nossos coração no plantio de uma boa semente, vamos, numa só voz, reafirmar o nosso compromisso de amor: "Irmãos de toda Terra, amai vos uns aos outros!!!

O tema de hoje é o capítulo XVI, 6 a 8, do Evangelho Segundo o Espiritismo.

Como sempre, Jesus falava por meio de parábolas. As Parábolas, geralmente têm dois sentidos: o material e o espiritual. O material é de fácil entendimento porque são os fatos do nosso dia-a-dia. O espiritual, depende da evolução do espírito, da capacidade de assimilação de cada um. Por isso, as interpretações podem ser diversas. As parábolas nos convidam a uma profunda meditação. É preciso senti-las e vivê-las para compreender os ensinamentos contidos.

Desta vez, é a Parábola dos Talentos.

Jesus conta que um homem tendo que fazer uma grande viagem, chamou os seus servidores, colocando em suas mãos os seus bens. Para um deu 5 talentos, para outro 2, e para o último 1 talento. Os dois primeiros trabalharam de tal forma que os talentos se duplicaram, enquanto que o último, achando pouco e pensando na severidade do seu patrão, enterrou-o para garantir a sua restituição.

No retorno, o patrão chamou-os a prestar contas, ocasião em que os dois primeiros servidores foram elogiados por haverem duplicado os talentos e o patrão, ainda, acrescentou-lhes os haveres, admoestando severamente o último servo que se mostrou preguiçoso, indolente, pessimista e nada produziu. O patrão ordenou que o talento lhe fosse tomado e dado ao que agora tinha 10 talentos, além de determinar que o servo indolente, preguiçoso, fosse lançado nas trevas exteriores, onde haveria choros e ranger de dentes.

Conotativamente falando, é o que acontece conosco. Deus nos deu o dom da vida e nos agraciou com muitas possibilidades para conseguirmos alcançar o Reino de Deus. Cabe a nós a disposição para tal. Além de um coração transbordante, Deus deu-nos a inteligência, o livre arbítrio e as ferramentas para a feitura de uma boa jornada, como por exemplo: dois braços, duas pernas, ouvidos, olhos, a fala... E muitas vezes, ficamos na ociosidade ou empregamos o que ele nos deu para praticar o mal.

Lógico que dessa forma teremos de arcar com responsabilidades, que são representadas pelos percalços, os sofrimentos que aqui passamos. Ele quis que entendêssemos que não se deve dar ao homem o que ele pode ganhar com o fruto do seu trabalho, sob pena de roubar-lhe a dignidade. É a lei da justeza. E isso é bíblico, estampado na célebre frase: “Comerás o pão com o suor do teu rosto”.

Nesta parábola vemos o valor do trabalho, da fidelidade, do esforço para vencer barreiras, e principalmente de nossa missão para com o planeta, pois formamos uma única família. Não estamos aqui por acaso. Estamos em missões na busca do caminho para Deus.

E isso não é fácil. Demanda atributos da alma, determinação... É preciso que sejamos laboriosos, pois sabemos que todas as coisas contribuem para o bem daqueles que amam a Deus e ao próximo, pelo menos os mais próximos. Quando procuramos ser úteis à vida, ela nos agradece compensando-nos. É a lei do retorno.

Por isso, mãos à obra! Trabalho, trabalho e mais trabalho. Cabeça oca é sempre oficina para o diabo. Trabalho não mata. É não se fazendo nada que se aprende a fazer o mal. O trabalho ocupa o tempo. Constrói prodígios. Além de tudo, significa prece! É uma das mais lindas formas de orar!

O tempo que é o senhor da razão, vai bendizer o fruto do nosso esforço, colocando-nos em semelhantes condições à do servo fiel e laborioso. E isso se chama SUCESSO!

É crescimento espiritual, é ascensão rumo a Casa do Pai, desde que o façamos dentro dos parâmetros da dignidade, do amor ao próximo e da justiça. Com certeza, quando os nossos pensamentos são leais, Deus nos auxilia.

Com o trabalho, lógico que se amealha riqueza. E Deus não a abomina, pelo contrário, a abençoa. Ele nos criou para sermos felizes.
Por isso é necessário sermos sábios para sabermos conservar a caridade, a compaixão, e não fazermos do materialismo o nosso senhor, acarretando mais débitos para existências futuras.

A riqueza não é nociva à salvação. Se o fosse, o trabalho que a consegue seria condenável. E com certeza, viveríamos em um mundo de miséria, fadado a doenças, lamúrias, sem progresso.

É verdade que a riqueza é uma prova muito perigosa e se mal administrada, leva-nos facilmente à soberba, ao orgulho, a patamares terráqueos exacerbados de egoísmo, de sensualidade, que nos fazem esquecer o caminho para o céu.

É por isso que o rico tem sobre os ombros uma carga maior de responsabilidades para não se deixar levar pelo apego exagerado aos bens terrenos, esquecendo-se da lei do amor. Isso sim, é um grande obstáculo ao propósito a que Deus nos destinou.

O homem tem por missão o aprimoramento do globo, preparando-o para receber, alimentar e educar a população que sua extensão comporta. Razão por que precisa de riquezas para custear pesquisas, no sentido de desenvolver o progresso, a tecnologia, a cibernética, a relação entre os povos para troca de conhecimentos, incluindo aí a troca de solidariedade. É a riqueza que permite o recolhimento de impostos que se revertem em bem para a coletividade, de modo geral.

Não há igualdade distributiva de riquezas entre os homens da terra em razão de suas individualidades, no tocante à inteligência, aptidões e disposição para conservá-las... Isso é natural. Somos individualidades. Cada um persegue seus sonhos com maior ou menor vagar.

Os escritos espíritas dão-nos conta de que a riqueza é deslocada incessantemente para não se tornar improdutiva. Cada um tem a sua vez, possuindo-a a seu turno. Quem não a tem hoje, já a teve ou terá noutra existência. Tudo são provas para exerecitar a paciência, a caridade e a abnegação, contribuindo para o nosso processo evolutivo.

A maneira de demonstrar o nosso amor a Deus é intrínseca, peculiar, mas encontra-se, principalmente, no amor, compaixão e solidariedade que devotamos aos nossos semelhantes, independentemente de quaisquer que sejam as suas religiões, pois pessoas diferentes têm disposições mentais diferentes. A melhor religão é aquela que nos faz melhores. Daí a variedade de religiões. Porém, Deus é o centro de tudo. É o timoneiro da embarcação que não nos deixa à deriva.

Quanto mais nos aproximarmos da caridade, tanto mais destemidos nos tornamos, mesmo diante de circunstâncias desastrosas. É a caridade o estandarte maior da Doutrina Espírita.

Orar e vigiar os atos para não cair em tentação é uma boa prática, pois significa um constante lembrete dos nossos princípios e convicções diários mais arraigados. Orar não significa que tenhamos, impreterivelmente, que exercitá-la apenas em templos. Orar é policiar os pensamentos, é avocar o bem, de maneira que os nossos atos, a nossa fala impulsionem sempre o nosso interlocutor à senda do amor, ou simplesmente, possam ser exemplos dignos de serem seguidos. A verdadeira espiritualidade é uma atitude mental que se pode praticar a qualquer hora.

A vida não erra! Se um fato nos parece errado, é porque não estamos conseguindo ver a verdade. Devemos pedir entendimento. É na queda que os rios adquirem forças. Mais aprendemos com os erros do que com os êxitos, porque eles se gravam mais profundamente em nossa consciência. O espírito sabe tirar proveito evolutivo das experiências adversas para convertê-las em ascensão.

Somos livres para errar, porque a evolução deve nortear-se pela liberdade relativa. Porém é ônus nosso arcar com a certeza de conseqüências dolorosas. A evolução está no constante desabrochar de faculdades novas, erros, correções, reciclagens e aprimoramento. Por isso, devemos estar alerta sempre, pois somos herdeiros dos nossos atos e senhores das nossas colheitas.

Somos responsáveis por tudo que nos acontece na vida. Nossas atitudes criam nosso destino. Não existe injustiça. Deus está no comando de tudo. Se fomos atingidos por essa ou aquela tragédia, foi porque precisávamos aprender alguma coisa.

Geralmente são mestres que nos ensinam o caminho, diminuindo os nossos débitos aqui. Pensar em todos é a melhor maneira de pensar em si. Temos de nos fortalecer num só espírito-de-corpo, como irmãos que somos em Cristo.

O Reino de Deus requer vivência. Ele nos vem pelo amoroso e altruístico servir aos nossos semelhantes. Na verdade, SERVIR é a palavra de comando, o caminho mais curto, o mais seguro e o mais agradável que nos conduz a Deus.

Aprenda a perdoar. Quando há entendimento, a mágoa desaparece e não há necessidade de perdão. Ele vem sorrateiro, sem que percebamos. Tudo se reveste de paz, pois o bem é Deus dentro da gente. Evite ser analista da vida alheia, espectador do mundo, comentarista do cotidiano.

Evite ser desse tipo de pessoas que vivem a dizer: eu não disse!, eu sabia!, bem feito! Evite ser o professor sarcástico, pronto a escarnecer, sem nada fazer. Ajude, pois "benfeitor é o que ajuda e passa. Amigo é o que ajuda em silêncio. Vencedor é o que consegue vencer a si mesmo".

Não jogue fora esta extraordinária oportunidade de habitar este orbe terrestre, acomodando-se como o servo preguiçoso da parábola. Faça valer sua passagem por aqui, lembrando-se de que é ilusão pensar que a vida, que já é tão pequena, termina com a morte. O espírito é eterno.

No universo nada se perde, tudo se transforma. É como prega a lei de Lavoisier. A morte é uma transformação. Apenas mudamos de vestimenta. Mas o espírito continua do mesmo jeito, consciente de tudo, com os mesmos amores e desejos que sempre tivera, embora, quando reencarnado não tenha essa lembrança. Isso significa uma bêncão, para que possamos construir, crescer e evoluir. Sabemos, inclusive, que o espírito geralmente reencarna entre as pessoas com quem tenha desenvolvido laços anteriores, o que justifica a necessidade de ajustes pendentes para se cumprir a lei do Amor.

Jesus quis dizer claramente que: fora da caridade não há salvação
(Várias modalidades de caridade)

Lembremo-nos de que todo homem é um milagre de Deus e traz em si uma revolução, que é muito maior do que dinheiro, porque a importância está no espírito. Fomos criados para construir pirâmides e versos, para nos tornar anjos, habitar a Casa do Pai. Ele mesmo disse: A casa de meu Pai tem muitas moradas. Cada homem foi feito para fazer história.

O avançado da hora se registra. Caminhamos para o término deste meu gostoso convívio com vocês. Esperando ter conseguido construir algum bem, vamos arrematar com uma reflexão sobre o exercício desta caminhada que chamamos de vida, estampada na transparência acima:

"Viver ...
É ter consciência da realidade que se esconde atrás da aparência.
É ver além dos cinco sentidos.
É enxergar com os olhos da alma ...
A vida materializa nossos pensamentos.
Conforme acreditarmos, ela se torna.
Cultivando o medo, a falta de amor, o egoísmo e a descrença, não há nada a construir.
Não é esse o caminho.
As pessoas querem, mas suas atitudes revelam o oposto.
Para receber é preciso primeiro dar.
Para atrair é preciso irradiar.
Essa é a força da vida!
Se Deus colocou tanta beleza, tanta vida,
tanta alegria e perfume em simples flores,
o que não terá feito com o Homem?!?
Deus sempre faz o melhor.
Ele nos deu beleza, sentimento, alegria, bondade e a possibilidade de escolher.
A dor, o sofrimento, a maldade, o ódio,
a ignorância vêm da nossa necessidade de perceber.
Deus permite o contraste para que possamos enxergar claro.
De que adiantaria acender uma luz na claridade?
É nas trevas que ela é percebida.
Sem a tristeza, a alegria não seria apreciada.
Sem a carência, a abundância não teria significado.
Somos todos crianças na "escola da vida".
Durante nossa "infância", precisamos experimentar
para ganhar senso de r e a l i d a d e ...
O sofrimento é pano de fundo para que o bem seja notado.
Baseado na perfeição de Deus, a natureza nos ensina isso.
Basta olhar.
Não lhe parece que um Deus tão extraordinário, tão criativo,
que colocou tanta beleza, tanto perfume na simplicidade de uma flor, que enfeitou nosso mundo com um céu tão azul, um mar tão belo,
tudo para nos fazer felizes,
só nos destina à FELICIDADE e à ALEGRIA ... ( ?!?)"

A dor serve para nos levar aos cuidados da preservação.
É um alerta que nos adverte que algo não está bem.
Sem ela, não teríamos referencial.

O CAMINHO QUE O LEVARÁ À FELICIDADE
COMEÇA EM VOCÊ MESMO!!!


Trechos do livro:
" Pelas portas do coração "
Zibia Gasparetto

Palestra proferida por Genaura Tormin,
na Irradiação Espírita Cristã, em Goiânia Go.

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Sejam bem vindos!
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Era uma luz no fim do túnel e eu não podia perder.
Era a oportunidade que me batia à porta.
Seria uma Delegada de Polícia, mesmo paraplégica!
Registrei a idéia e parti para o confronto.
Talvez o mais ousado de toda a minha vida.
Era tudo ou NADA!
(Genaura Tormin)



"Sou como a Rocha nua e crua, onde o navio bate e recua na amplidão do espaço a ermo.
Posso cair. Caio!
Mas caio de pé por cima dos meus escombros".
Embora não haja a força motora para manter-me fisicamente ereta, alicerço-me nas asas da CORAGEM, do OTIMISMO e da FÉ.

(Genaura Tormin)