PLANTIO

PLANTIO
PLANTIO
(Genaura Tormin)

Deus,
Senhor dos mares e montes,
Das flores e fontes.
Senhor da vida!
Senhor dos meus versos,
Do meu canto.

A Ti agradeço
A força para a jornada,
A emoção da semeadura,
A alegria da colheita.

Ao celeiro,
Recolho os frutos.
Renovo a fé no trabalho justo,
Na divisão do pão,
. E do amor fraterno.

sábado, 20 de julho de 2013

JUSTIÇA DAS AFLIÇÕES



JUSTIÇA DAS AFLIÇÕES
Cap. V do Evangelho segundo o Espiritismo

Cumprimento a todos, incluindo os espíritos desencarnados aqui presentes. Que a paz esteja conosco.

Hoje, eu não quero pedir pelos oprimidos e desesperados do mundo, mas por aqueles que sendo livres e cheios de oportunidades, passam o dia a queixar-se, reclamar e revoltar-se sem saber do que ou por que.

(Cada um formule, mentalmente, um pedido para que numa só sintonia vibratória, juntos cheguemos até o Pai, neste momento) .

O nosso tema: JUSTIÇA DAS AFLIÇÕES

Deus é a Inteligência suprema, causa primária de todas as coisas. - Livro dos Espíritos
É poder, justiça, bondade. Se assim não o fosse não seria Deus.

E nós, como filhos dEle, somos espíritos inteligentes, uma centelha etérea, uma pequena luz, que se transporta pela força do pensamento. - Livro dos Espíritos

Toda criatura é uma expressão do vasto Espírito Infinito. Matéria é uma forma provisória do corpo. Enquanto nele, aprendemos, erramos, acertamos.

Engraçado que, ostentando a nossa farda física por aqui, imaginamos Deus à nossa imagem e semelhança, em forma de um bom velhinho, de barbas brancas, sorriso farto... esquecendo-nos de que essa semelhança é em relação ao espírito, não ao corpo físico. Essa figura é chamada de antropomorfismo.

Somos seres espirituais, agora agasalhados numa vestimenta de carne, novamente numa experiência humana neste Planeta, objetivando a perfeição, tentando consertar os desacertos cometidos em existências anteriores.

Estamos a executar um projeto por nós criado, estudado, analisado, revisto e aceito, que aqui, nos permitirá o exercício de fraternidade e de amor com os nossos desafetos do passado, agora nossos familiares.
É como uma possibilidade de recuperação na matéria em que fomos reprovados.

E quem sabe que:
"Antes do berço, na Espiritualidade, examinando as nossas próprias necessidades de aperfeiçoamento possamos ter pedido:
A deficiência corpórea que nos induza à elevação de sentimentos;

A enfermidade de longa duração, capaz de nos educar os impulsos;

Essa ou aquela lesão física que favoreça os exercícios de disciplina;

Determinada mutilação que nos iniba o arrastamento à agressividade exagerada;

O complexo psicológico que nos renove as idéias;

O lar amargo onde possa aprender quanto vale a afeição;

O traço de prova que nos imponha obstáculos no grupo social, a fim de esquecer exacerbações do orgulho;

O reencontro com os adversários do passado, agora na forma de parentes difíceis, atendendo a resgate de antigos débitos;

A impossibilidade temporária para a obtenção de um título acadêmico, de modo a nos frenar contra desmandos intelectuais;

A internação passageira em ambiente de miséria, de pobreza extrema, de maneira a desenvolver a própria habilitação no trabalho pessoal.

As dificuldades e desafios da existência, na maioria das circunstâncias, são respostas da Providência Divina aos nossos anseios de reajuste e sublimação".

Vivemos num planeta de provas e expiações, próprio à nossa condição, ao nosso estágio, onde as aflições pautam a nossa vida, conforme as palavras de Jesus: “Na Terra tereis aflições”. Todos nós vivemos em aflições!

A vida não erra e tudo representam verdades e razões. Os indivíduos que aqui jornadeiam expiam desatinos cometidos nesta existência ou em existências anteriores.

Nós, espíritas, sabemos que, embora aparentemente não pareçam ter causas que justifiquem muitas dessas aflições, elas são justas.

Essa justiça é uma lei nata, que está impressa nas tábuas da consciência da gente, independente da crença que professarmos. 

Nada nos vem que não tenhamos merecido agora ou logrado com anterioridade, como disse Paramahansa Yogananda.


A multiplicidade das existências no corpo físico não constitui apenas uma afirmação evangélica, mas uma verdade científica e filosófica, explicada pela Lei de Progresso, claramente estampada nas diferenças sociais, nas doenças congênitas, além de muitos acontecimentos atribuídos a fatalidades. As aflições nos aparam as arestas na construção da reforma íntima.

A semeadura é livre, mas a colheita é obrigatória! Só colhemos o que plantamos. É a justeza de Deus. Pensar diferente é desprezar a Justiça Divina, na sua função de dar a cada um segundo as suas obras, como disse o Cristo.
Ele disse também: Caminhai enquanto é dia!

"Nossos atos tecem asas de libertação ou algemas de cativeiro, para a nossa vitória ou nossa perda". - Chico Xavier

Se todos os erros passados podem ser simplesmente apagados, qual seria então o sentido das nossas ações na Terra? É uma questão de raciocínio que nos leva à imortalidade e às responsabilidades da alma.

A questão 257 de o Livro dos Espíritos afirma que muitos dos nossos sofrimentos atuais se devem à nossa incúria nesta própria existência. Os excessos, a ambição, o egoísmo, as paixões, o orgulho, são os causadores de muitas dores. O mau uso do livre-arbítrio em detrimento de nossas responsabilidades, tem-nos causado terríveis aflições.
Amamos mas não sabemos exercitar o respeito com os nossos pares. Estamos ainda na faixa da mediocridade.

Quantos homens caem por sua própria culpa! Quantos são vítimas de sua imprevidência, do seu orgulho e da sua ambição!

Quantos se arruinam por falta de ordem, de perseverança, pelo mau proceder, ou por não terem sabido limitar seus desejos!

Quantas uniões desgraçadas, porque resultaram de um cálculo de interesse ou da vaidade e nas quais o coração não tomou parte alguma!

Quantas dissensões e funestas disputas se teriam evitado com um pouco de moderação e menos melindres! 

Quantas doenças e enfermidades decorrem da intemperança e dos excessos de toda ordem!

Quantos pais são infelizes porque não souberam combater as más tendências dos filhos! Deixaram que neles se desenvolvessem os germens do orgulho, do egoísmo, da vaidade...

Mais tarde, quando colhem o que semearam, choram com a ingratidão dos filhos. Mas o tempo passou célere e o arbusto agora é árvore. O caule fino e vergável se fez maduro. Já não está sob o seu comando!

Responsabilizar quem por todas essas aflições, senão a si mesmo? Em vez de reconhecer-se culpado, acha menos humilhante acusar a sorte, a Providência, a má estrela, ao passo que tudo foi fruto de sua negligência.

Somos cobrados por nossas irresponsabilidades nesta existência. São as causas atuais das aflições.

O homem evitará essas aflições quando trabalhar para se melhorar moral e intelectualmente, esforçando-se para se transformar em pessoa melhor e em domar suas más inclinações, geradas pelas imperfeições milenares que todos carregamos na alma imortal.

Pela ação de uma rigorosa justiça distributiva, o homem sofre o que fez sofrer aos outros. Lei de causa e efeito. Lei de justiça.

São os sofrimentos que nos fazem sentir a necessidade de melhorar.
Quantas vezes, essa necessidade de melhora chega tarde demais, quando a vida já foi desperdiçada e turbada. Não há mais tempo.

E aí vem a Reencarnação que nos permite voltar e refazer o que fizemos errado, aproveitando a experiência do passado e as boas resoluções para o futuro.

Alcançados pela Justiça Divina, esses espíritos pediram uma nova oportunidade para consertarem o desmantelo. Todo efeito tem uma causa e essa tem de ser justa, pois Deus é Justo.

Basta observar. Por que crianças (que segundo algumas Doutrinas, não possuem pecados) nascem aleijadas, cegas, surdas, mudas, com câncer...?
Por que tantas deformidades, idiotias, paralisias? Quantas pessoas paraplégicas? Propósito de Deus? Deus possui propósitos bons para alguns, e ruins para outros?” 
Nada disso!
Deus é JUSTO! 
Com certeza, trata-se de causas anteriores.

Como explicar a deficiência de um e a genialidade de outro? A questão 372 de o Livro dos Espíritos afirma: os cretinos e os idiotas são Espíritos em punição, habitando, temporariamente, corpos deficientes que representam uma prisão também temporária, onde podem refletir sobre os desequilíbrios cometidos perante as Leis da Vida.

A resposta combina a Bondade e a Justiça Divina por meio da reencarnação! O Espírito recebe uma pausa para refletir sobre si mesmo. É a única explicação para esses dois extremos da genialidade e da deficiência mental, muitas vezes numa mesma família!

Pela pluralidade das existências, de que tão bem trata a questão 222 de o Livro dos Espíritos, e pelo destino da Terra explica-se essas anomalias distributivas da felicidade e da desgraça entre bons e maus.

Somos livres para fazer o que quisermos. É o que se chama livre-arbítrio. A existência atual é o resultado de nossas escolhas, segundo a bagagem que aqui coletamos na existência passada.

A Reencarnação não é uma criação do espiritismo, mas uma Lei Natural que no decorrer dos tempos foi sendo provada e comprovada por vários cientistas, como Dr. Barnegir, na Índia, Dra. Kluber Ross, na Suíça, e vários outros que fizeram experimentos para comprovar se existia vida antes da vida e vida depois da vida, chegando a conclusão que sim.

Depois veio o francês, Hyppolyte Leon Denizard Rivail, sob o pseudônimo de Allan Kardec, que estudou, compilou, ordenou, provou e trouxe à luz o Livro dos Espíritos, surgindo assim a Doutrina Espírita.

O Espiritismo cumpre o papel de "O Consolador Prometido" que Jesus nos falou no início, iluminando consciências e consolando corações, fazendo-nos compreender as tribulações da vida, mostrando-nos o porquê dessas tribulações e o caminho para superá-las. O espiritismo não é a religião do futuro, mas o futuro das religiões.

Que Deus maravilhoso! E que Doutrina Consoladora essa, que nos dá tão abençoada oportunidade! E ainda lança o véu do esquecimento sobre o nosso passado para nos afofar o coração, o caminho e facilitar o convívio com aqueles com quem aqui viemos para nos reajustar. É uma doutrina de bom senso, de razão e de lógica!  Amai-vos e instruí-vos, apregoa ela. Realmente, o conhecimento abrem-nos portas e irradia Luz, pois mentes elevadas não se envolvem com picuinhas, mas com ideias benfazejas. Por isso mãos à obra!

As provas significam alicerces em prol do próprio progresso. Se nos postarmos com amor e respeito nesse aprendizado, não haverá sofrimento, embora ele seja o guia para mais uma lição a caminho da Casa do Pai, num processo evolutivo, educativo em caráter de urgência. 
E a forma como essa educação vai nos alcançar é uma escolha nossa. Com maior ou menor vagar.

A expiação é o remédio para limpar as feridas e curar o doente, às vezes extensivo ao grupo familiar. Conforme a necessidade, pode ser muito amargo.

Para minimizar esses sofrimentos expiatórios podemos usar o otimismo, aproveitando as lições e tentando vivê-los com paciência e resignação. A revolta só atrapalha. Nada acrescenta. Se somos parceiros do amor no caminho do bem, o jugo fica leve, o fardo suave, como disse Jesus.

A aflição é um sofrimento moral gerado por ansiedades, por preocupação, que nos aprisiona a alma. É essa incerteza por desconhecermos o futuro.

O que salva o homem, não é o que ele aparenta, mas o que ele é pela postura interior perante o bem, o respeito ao próximo, gerando a paz, o amor. É o servir, a si e ao próximo. É a reforma íntima administrada pelo guia da consciência.

Ninguém reencarna para fracassar, mas para progredir. Obedecemos a um projeto. Estamos sempre no lugar certo, com a família que escolhemos, oficina onde há todos os desafios para o nosso aperfeiçoamento e as ferramentas para um bom trabalho. A melhor delas é a ferramenta caridade que é o estandarte maior dessa Doutrina Consoladora.

De acordo com a Lei da reencarnação, é possível que por vezes estejamos diante de algozes do passado, estampados agora como um filho, um marido, um pai, um irmão... Isso é a oportunidade abençoada para que ajustemos as nossas contas no exercício do amor.

Aquele filho difícil foi planejado de acordo com a nossa necessidade.
Esses reencontros são feitos para a nossa felicidade.

A questão 933 de o Livro dos Espíritos enfoca a inveja e o ciúme como vermes roedores, verdadeiros suplícios voluntários que o homem cria para si, levando-o a viver o seu inferno íntimo.

O caminho para acertarmos é só um: Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos. Sejamos recrutas no serviço do bem!

As simpatias ou antipatias estampadas aleatoriamente, significam a qualidade das relações de anteriores reencarnações que se religam agora, tentando unir a grande família de todos os tempos, no propósito de semear a fraternidade universal.

A Terra é a escola que temporariamente nos abriga. Como seres espirituais em experiências humanas na Terra, lógico que todos os dias, muitos de nós retornam à Pátria de origem.

E o que aqui fizemos foi benéfico? Qual a qualidade da nossa bagagem? O céu será representado pelo bem que tenhamos praticado. A nossa postura digna diante da vida, diante de nós mesmos. E o inferno será representado pela nossa rebeldia. Somos energias.

O amor cobre uma multidão de pecados!
Somos acompanhados por uma nuvem de testemunhas – Paulo de Tarso

“O espírito é ilimitado. Não somos nossos cérebros, nossos corpos, nossas roupas ou nossas casas. Não somos nossas contas-correntes, nossos empregos, nossos países, nem mesmo nossos nomes. Somos muito, muito mais. Somos seres espirituais cuja língua nativa é o Amor”.

Quando o poder do amor superar o amor pelo poder, o mundo conhecerá a paz, pois o egoísmo e o orgulho são os grandes males da humanidade.

Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim. - Chico Xavier

Se o homem compreendesse a lei da reencarnação, não teríamos tanta violência, tanta corrupção, tanta avareza: ricos enganando pobres, líderes
religiosos enganando os mais humildes com promessas impossíveis, a troco de dinheiro, como se houvesse transporte de grana na rota Terra/Céu.

O amor produz sempre um efeito positivo em quem o recebe e de maneira mais intensa em quem o pratica. 
Ele é e será a melhor opção.

O avançado da hora indica-me que devo terminar. Agradecida pela atenção e pela oportunidade em que mais aprendi do que compartilhei, rogo ao Mestre Jesus que nos abençoe, não só a nós deste recinto, mas a todos os habitantes do Planeta, principalmente os que estiverem em hospitais, em abrigos, nos manicômios, nas penitenciárias, jogados pelas ruas, entregues às drogas, em conflitos

Abençoa, também, Mestre amado, aqueles que ainda não conseguiram Te encontrar.

PAI NOSSO
(Monsenhor José Silvério Horta)

Pai Nosso, que estás nos Céus
Na luz dos sóis infinitos,
Pai de todos os aflitos
Neste mundo de escarcéus.
Santificado, Senhor,
Seja o Teu nome sublime,
Que em todo Universo exprime
Concórdia, ternura e amor.

Venha ao nosso coração,
O teu reino de bondade,
De paz e de claridade
Na estrada redenção.
Cumpre-se o teu mandamento
Que não vacila e nem erra.

Nos Céus, como em toda a Terra
De luta e de sofrimento.
Evita-nos todo o mal,
Dá-nos o pão no caminho,
Feito de luz, no carinho
Do pão espiritual.

Perdoa-nos, meu Senhor,
Os débitos tenebrosos,
De passados escabrosos,
De iniquidade e de dor.
Auxilia-nos também,

Nos sentimentos cristãos,
A amar aos nossos irmãos
Que vivem longe do bem.

Com a proteção de Jesus
Livra a nossa alma do erro,
Neste mundo de desterro,
Distante da vossa luz.
Que a nossa ideal igreja,
Seja o altar da Caridade,
Onde se faça a vontade
Do vosso amor ...
Que assim seja.


Obrigada!

Palestra proferida por Genaura Tormin no Centro Espírita Maria de Nazaré, 
em 11.07.2013, em Goiânia-GO

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Era uma luz no fim do túnel e eu não podia perder.
Era a oportunidade que me batia à porta.
Seria uma Delegada de Polícia, mesmo paraplégica!
Registrei a idéia e parti para o confronto.
Talvez o mais ousado de toda a minha vida.
Era tudo ou NADA!
(Genaura Tormin)



"Sou como a Rocha nua e crua, onde o navio bate e recua na amplidão do espaço a ermo.
Posso cair. Caio!
Mas caio de pé por cima dos meus escombros".
Embora não haja a força motora para manter-me fisicamente ereta, alicerço-me nas asas da CORAGEM, do OTIMISMO e da FÉ.

(Genaura Tormin)