MÃE OUTRA VEZ SEREI
(Genaura Tormin)
A vida passa célere,
Os cabelos encanecem,
Os filhos crescem
E eu volto no tempo!
Feito um retrato antigo,
De estampa gasta e amarelada,
Passeio pelo meu passado.
Assalta-me uma saudade velada,
Que machuca e encanta.
Abro os olhos do coração
Sinto-me entre as minhas crianças.
Revejo a infância em festa,
Os folguedos, os sorrisos,
As palavras balbuciadas,
O aconchego nos meus braços,
O porto seguro daquela idade.
Mas tudo é finito,
Como finito é a existência.
Tenho a alegria de sabê-los filhos,
Frutos da minha essência,
A quem alimentei com a seiva do meu ser,
Entregando-os a Deus a cada amanhecer.
Como tudo renascerá um dia,
Sei que outra vez,
MÃE eu poderei ser.
Gyn, 29 de abril de 2013
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