UM ANJO CHAMADO LUÍSA
( Genaura Tormin)
Minha querida criança,
Quanto tempo te esperei!
E foi no outono, estação das flores,
Que chegaste devagarzinho,
Para ser flor do nosso jardim.
Quanta emoção, quanto carinho
Enfeitaram essa espera!
E quanta crença,
Quanta esperança há
No teu porvir risonho!
Hoje,
Vejo o brilho do teu olhar,
Feito luz a nos guiar!
Posso ver os teus cabelos negros,
O rostinho meigo,
O bailado das mãozinhas tenras,
Ao sabor da brisa.
Trazes determinação e coragem,
A canção da vida,
O viço e a fragrância da rosa,
Por isso, o teu nome é LUÍSA,
“A guerreira formosa”!
Para mim, és talismã,
Uma alma irmã,
Verdade mais pura,
Transcendência sublimada
Do amor e da ternura.
Faço-te verso do meu poema,
Lira da minha canção,
No balanço de tanta emoção.
És um presente dos céus!
És um anjo de candura,
E eu tive a graça maior
De ser a tua avó,
A mãe do teu pai,
Afetivamente, a tia da tua mãe.
E isso me alegra o coração,
Matiza o meu bordado nesta vida,
Minha criança querida!
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