SOU TUDO E NÃO SOU NADA
(Genaura Tormin)
Nos recônditos de mim,
Os compartimentos secretos do ser que sou.
Descubro-me inteira, com essência e cor,
Pois a coragem que me alicerça,
O vento não levou.
Os versos ainda dedilham um canto,
Uma melodia, uma canção...
Sorvem o néctar das flores
E o gosto dos amores.
A alma alada viaja pelo eito das palavras,
No dorso da poesia.
E na estrada, agora tão vazia,
O amor ainda se faz, amainando dores.
Trago a sonoridade das cascatas.
Ainda sou um rouxinol ao cair da tarde.
Galopo no caminho da mata densa,
E me embriago com o cheiro da terra molhada.
Sou tudo e não sou nada!
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