PLANTIO

PLANTIO
PLANTIO
(Genaura Tormin)

Deus,
Senhor dos mares e montes,
Das flores e fontes.
Senhor da vida!
Senhor dos meus versos,
Do meu canto.

A Ti agradeço
A força para a jornada,
A emoção da semeadura,
A alegria da colheita.

Ao celeiro,
Recolho os frutos.
Renovo a fé no trabalho justo,
Na divisão do pão,
. E do amor fraterno.

quinta-feira, 23 de abril de 2009

EVIDÊNCIA


EVIDÊNCIA
(Genaura Tormin)

No silêncio
Os lamentos tardios
E as escusas do que se foi.
O cérebro confunde
Os desejos esquecidos.

O tempo está parado,
O vento não encanta,
Como outrora,
Porque as flores
Já não exalam perfumes.

Não há espera...
Ela não é necessária.
Os dias são normais.
O querer se foi
Com o entardecer,
Numa revoada de pássaros.

Mesmo assim,
Eu sinto frio.
Tudo está tão só,
O coração vazio.
No silêncio,
As respostas de perguntas
Feitas ao nada.

sexta-feira, 17 de abril de 2009

VIVA MAIS!


VIVA MAIS!

- durma bem
- alimente-se em qualidade e não em quantidade
- não salte nenhuma refeição
- seja disciplinado
- coma devagar
- evite muita gordura
- abuse de frutas
- pratique exercícios físicos
- beba muita água (2 litros diários, pelo menos)
- tenha uma diversão, um hobby
- persiga a sua felicidade, vá atrás, conquiste-a
- não deixe de tirar férias
- descubra o seu lado artístico e exercite-o
- seja social
- seja honesto, franco
- seja solidário, amigo
- aceite responsabilidades
- ocupe a sua mente
- tenha sempre uma reserva financeira
- saiba perdoar
- procure amar a tudo e a todos
- conserve o bom humor
- seja tolerante, pacífico
- procure inovar sempre
- tenha sonhos e os conserve sempre acesos.
As faces enrugam, mas o essencial, nunca!
- Conserve-se jovem:
de ideais, de sonhos, de vontade de servir, pois, quem não vive pra servir, não serve pra viver.

Charles Chaplin dizia: “Quando deixares de sonhar, poderás continuar vivendo, mas, com certeza, terás deixado de existir”.


Genaura Tormin

quarta-feira, 15 de abril de 2009

DO AMOR QUE TIVE


DO AMOR QUE TIVE
(Genaura Tormin)

Quando a saudade invadir teu peito,
Saias ao desalento do tempo,
Numa noite fria.

Parceira,
Terás a lua medrosa
A passear no céu,
A carícia do vento
A beijar-te o rosto
Ainda marcado
Pelos beijos meus.

No silêncio da noite
Ouvirás sussurros.
Não te assustes!
Sou eu!

Estarei no lamento da cotovia,
Na tristeza da cascata,
No chilchear de aves notívagas,
Para recordares
Do grande amor que te ofertei um dia.

sábado, 11 de abril de 2009

GENTE QUE FAZ HISTÓRIA



Saiu na revista PEOPLE, de março/2009. Caso queira visualizar melhor entre em: www.revistapeople.com.br
Clique em colunas

quarta-feira, 8 de abril de 2009

FELIZ PÁSCOA






(Genaura Tormin)

Nesta Páscoa,
Vou enviar a todos
Um montão de flores,
De todas as cores,
Para significar mudança,
Aumento da esperança...

Numa cesta de vime,
Envolta em sorrisos,
Enfeitada de estrelas,
Seguirão ovos de chocolate,
Recheados de mil desejos.
Sonhos, magia e beijos.

Uma melodia falará de amor.
Quem sabe,
John Lenon me ajudaria
A bordar os versos,
Desenhar a poesia
Para tudo transformar
Em laços de amor e alegria.


segunda-feira, 6 de abril de 2009

MOMENTOS – Eu, você, a lua e a poesia,


MOMENTOS – Eu, você, a lua e a poesia, de Jorge Luiz Vargas (Genaura Tormin)

O poeta reputa-se aprendiz, mas sua poesia tem alma, cor, essência e vida. Um mestre-maior que se reveste na túnica da humildade. Curvo-me, com respeito. Sem dúvida, uma grandeza!

Seu livro é um tratado de amor que se desnuda em versos.
Realmente, a caneta de Deus nas suas mãos, como ele próprio diz: “...poesia nada mais é do que um instrumento de Deus. Sua própria caneta.”

Poemas líricos marcados por dinâmica fluente, metafórica em que o amor é a teia, o porto seguro de uma alma viajeira. “...Meu par/ minha outra parte/Minha doce metade”.
Numa exegese poética, afirma: “....O que escrevo poderá servir como lição,/ visto como espelho/ e guardado no coração. /Ou se espalhar - rasgado em pedaços -/ como folhas mortas pelo chão”.

Carpindo saudades, emendando retalhos, consertando falhas, passeia pelo passado, ainda tão recente, pelas paixões que lhe dilaceram o peito, onde estão expostas machucaduras ainda exangues.

Por vezes, ensina o duro caminho da aceitação, tentando recolher pedaços de amor ferido, deixados no vagar do tempo, chegando a medicar-se com o remédio amargo da resignação. “...Espero que um dia/O seu novo amor/Copie toda a minha poesia/E lhe mande com uma flor./Ele nunca vai saber/Que vai me levando/De presente pra você”.

Faz-se alado e cavalga na garupa do vento. Envereda pela natureza florida, plantando versos, salpicando a terra de edificantes conselhos de amor incondicional, transcendente...

Seus poemas estampam valores, sentimentos, ternura, afeto e muita paixão pelo belo, pela arte de fazer versos. Escorreita linguagem, construção perfeita, rima, num conjunto harmonioso, que dá cadência e beleza à sua arte.

O poeta despe-se por inteiro, deixando jorrar poemas de rara beleza que gritam em sua alma aventureira, fazendo morada nas estrelas, no seu imaginário tão fértil e tão apaixonado.

Feito numa película cinematográfica, seus versos calam-nos a emoção, levam-nos a paragens diversas, num misto de solidão, dor e alegria, que acordam a esperança, na busca do Amor/maior, do caminho para a felicidade.

Erudito, cancioneiro, terno e amigo, Jorge Luiz vai desfiando sua sensibilidade, e cada poema encontra lugar cativo no coração do leitor.

Sobrevoa na multiplicidade das circunstâncias do existir, colorindo momentos desbotados ou regando as flores à margem da estrada.

Por excelência, o amor se faz altaneiro, em feixes de luzes, em fímbrias de ternura, formando um arco-íris que abraçará os amantes da poesia, aumentando o prazer de viver e a beleza de amar e ser amado.

Mais do que nunca, decanta o amor, nessa dualidade homem/mulher que dá sentido à vida.

O resultado é o livro MOMENTOS – Eu, você, a lua e a poesia, um varal de versos, aquarelados de cores ridentes, uma união perfeita entre rimas, asas e canção, que, com certeza, será um marco na poesia brasileira.

Belos poemas! A cada página, eles se esgueiram faceiros, aninhando-se na alma e no coração do leitor.

Um poeta do amor, da esperança, da paz, da natureza, da fé...
Um presente para a vida, principalmente para os amantes da boa poesia!

Belo livro!!
Parabéns, poeta!

Verão de 2009

Genaura Tormin
Escritora

sexta-feira, 3 de abril de 2009

DIFICULDADE VIRA PROBLEMA QUANDO SE REGISTRA COMO TAL


DIFICULDADE VIRA PROBLEMA QUANDO SE REGISTRA COMO TAL
(Genaura Tormin)

“Não se deve dar ao homem o que ele pode conseguir com o fruto do seu trabalho, sob pena de roubar-lhe a dignidade”.

Não sei em que li tão bela frase, mas o seu significado
impregnou-se em mim. Bom seria se fosse entendida e executada por boa parte da sociedade, principalmente aquela que detém o poder, dá as ordens,põe as cartas.
Assim, abrir-se-iam várias frentes de trabalho específicas
para a pessoa com deficiência, qualificando-a para tal.

Por outro lado, é preciso que sejamos ousados, destemidos, corajosos,
para reconhecer os nossos potenciais e igualar-nos competitivamente
no mercado detrabalho, de acordo com a nossa capacitação, ao invés
de nos escudar sob a deficiência, arrancando sentimentos de compaixão e
aumentando os problemas sociais, além de conferir a nós mesmos
um estado de subserviência, dependência ehumilhação.

Lembro-me de uma ocorrência policial, cuja reclamação era de que um homempassava o dia inteiro na porta de um bar, jogando cartas, bebendo e mexendo coma s mulheres que por lá passavam. Intimado, admoestado e concitado a arranjar um emprego, o homem, para mostrar a sua deficiência, cruzava insistentemente as pernas, deixando à vista uma delas que era complementada por um pedaço de madeira.

Como me mostrasse indiferente à sua exibição, ele usou da palavra
sem perceber que eu ocupava uma cadeira de rodas, atrás da mesa.

— A senhora não vê que sou inválido, como posso trabalhar?

Dei uma derivada na cadeira e mostrei-me por inteira,
acentuando as advertências.

— Por que sua deficiência física não o impede de fazer arruaças,
dirigir palavras obscenas aos que passam para o trabalho?
Aqui, ela não será fator impeditivo para que o senhor seja preso.
Dou-lhe um mês para arranjar emprego.

Doravante estará vigiado por nossos policiais. Se persistir fazendo arruaças, não se engane, mandarei prendê-lo! Sua deficiência é insignificante para tanta ociosidade!

O homem nada mais disse. Dias depois, lá retornou espontaneamente,
acompanhado de um senhor, dono de uma frutaria, que o havia empregado.

É uma questão de cultura popular. O próprio deficiente, por vezes, acha-se incapaz. Acomoda-se, esquivando-se de lutar pelo seu espaço, pela sua independência,
com medo de ser rejeitado.

A mídia também tem culpa nisso, pois se preocupa em mostrar quase sempre o coitadismo, a invalidez, a miséria, a lamúria, e nunca a superação de problemas.

Como formadora de opiniões, deveria investir no ser humano,
despertando sua capacidade, incentivando-o à luta, valorizando o
trabalho executado com os órgãos e membros que restaram ilesos
ou mesmo deficientes.

Talvez não saiba da função tutelar do Estado, faltando aí, também, um pouco de sensibilidade.

LEVE, LIVRE & SOLTA!


Sejam bem vindos!
Vocês alegram a minh'alma e meu coração.

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Era uma luz no fim do túnel e eu não podia perder.
Era a oportunidade que me batia à porta.
Seria uma Delegada de Polícia, mesmo paraplégica!
Registrei a idéia e parti para o confronto.
Talvez o mais ousado de toda a minha vida.
Era tudo ou NADA!
(Genaura Tormin)



"Sou como a Rocha nua e crua, onde o navio bate e recua na amplidão do espaço a ermo.
Posso cair. Caio!
Mas caio de pé por cima dos meus escombros".
Embora não haja a força motora para manter-me fisicamente ereta, alicerço-me nas asas da CORAGEM, do OTIMISMO e da FÉ.

(Genaura Tormin)