NÃO SOU MAIS SUA COSTUREIRA
(Genaura Tormin)
Nossa!
Ainda organizando fotos!
Que servicinho bom e gostoso.
Por vezes fico em estado de graça!
Agradeço, choro e sinto saudades.
Aqui é a Lara Tormin, a primogênita, em sua primeira comunhão!
Ao lado, a sua melhor amiga (que já se encontra na outra dimensão da vida).
Que saudade!
Depois, chorei, chorei ao ver o último vestido que costurei para a mocinha, que à época tinha 10 anos.
Nele, botei tanto amor, e inconscientemente preparava-me nos veios da paciência para viajar, seguir por caminhos íngremes que nunca havia imaginado para mim.
Meus sonhos estavam dependurados nas estrelas.
Eu havia terminado um curso superior e preparava-me para concursos.
Desci!
Meus projetos boiaram no oceano de tantas lágrimas.
Juntei-os e construí o meu mar, revolto e ouriçado, para que eu pudesse velejar.
Tive que rastejar e enfrentar tantas lutas, entrincheirar-me por tantas batalhas, filha!
Não pude mais costurar.
Hoje, com os revezes, eu aprendi a remendar!
Costuro feridas abertas,
cirzo cicatrizes, enxugo lágrimas e vou seguindo.
Lembre-se sempre, filha,
Mamãe ama muito!
Perdoa-me por não ter sido a mãe maravilhosa que vc merecia.
Na hora aprazada, a vida torceu-me as rédeas e me derrubou do cavalo, viu!
Vocês todos, filhos do meu amor, crias da minha carne, foram e são os samaritanos da estrada!
O mérito pelo meu crescimento não me pertence!
Ele é de vocês, reais motivos para que eu não me deixasse ficar.
Ainda sigo a velejar dificuldades e versos para os encantar.
Beijos da mamãe
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