PEQUENOS POUPADORES
(Genaura Tormin)
Temos 4 filhos.
Todos endereçados à trilha do bem. Profissionamente seguem os seus caminhos.
Fico contente em vê-los à direção de suas vidas, administrando a prole.
Nós sempre os ensinamos o valor do trabalho. Interagiam nas tarefas domésticas: manutenção e organização dos seus pertences, do quarto, feitura das camas, afirmando sempre que a casa era nossa, deles.
Assim todos auxiliavam, minorando o trabalho e repartindo alegria no balanço da responsabilidade. Coisa séria, dizíamos sempre.
Primeiro o dever, depois a diversão. Somos uma família unida e feliz onde todos se ajudam e se amam. Somos elos de uma mesma corrente. Um por todos e todos por um até hoje.
Pequenos afazeres esporádicos, eram às vezes remunerados para possibilitar a compra de um picolé ou outra guloseima da predileção no momento. Sempre quando pediam, nunca “ultra-petita”.
Isso os fazia entusiasmados, criativos, contentes e trabalhadores. Filhos e amigos sempre. Pequenos aprendizes. E, assim, estava sendo esculpidos o caráter, a responsabilidade e as bases que os tornaram os cidadãos dignos e felizes que são hoje.
Pois é:
Agora descubro a mesma conduta repassada por eles aos filhos.
Especialmente a família do Flávio que é nosso vizinho e está sempre entre nós.
Uma família linda!
Tem dois filhos: um de 9 anos e o outro de 7 anos.
Vê-se que o casal endereça aos garotos um cuidado especial na escolha da educação e na construção dos valores morais e crísticos. Aos filhos amamos mais do que a nós mesmos.
É preciso cumprir os ditames do amor e os legados de pais, pois o tempo não espera e logo se tornarão adultos para dirigirem o destino e enfrentar o mundo.
Muito inteligentes, educados e com o sorriso sempre até nos cantos das orelhas, enfeitam e alegram os nossos dias.
Estudam numa boa escola em horário integral, tendo em vista os pais trabalharem durante todo o dia. É a exigência da vida. O somatório que se faz necessário para o enfrentando dos inevitáveis compromissos, requeridos pelo progresso. Desde os anos 60 que a mulher desfraldou sua bandeira, nivelando-se ao parceiro como somadora de esforços comuns. E isso é bom.
Entretanto quando em casa, a atenção é carreada totalmente para os filhos, numa participação interativa e amistosa.
Admiro o carinho partilhado. Certamente fará a diferença no porvir.
Os garotos são instruídos sobre tudo, dentro da faixa etária, no exercício de pequenas tarefas, cuidados... Tudo dentro dos veios do amor, o que os fazem amados e interessados.
Achei legal o ensinamento sobre dinheiro, despesas, escolha, controle e precauções. Cada um tem uma conta poupança em que é depositada uma pequena mesada e um cartão de débito.
Ambos, formalmente foram ao banco para fazerem o depósito e requererem o cartão. Cidadãos no exercício de seus direitos, cujas assinaturas já ganhavam legitimidade num estabelecimento bancário!
Percebe-se a alegria e o tino dos pequenos poupadores. Parece que se instruem com os comentários do Mauro Halfeld, especialista em finanças pessoais, na CBN.
Sisudos e altaneiros, com ares de importância, processam suas compras de lanche e por vezes algum brinquedo. Sabem negociar com o dinheiro e criam planos de economia e capitalização para futuras aquisições.
Satisfeitos gabam-se do quanto já pouparam e falam em aplicões no Tesouro. Isso significa que estão atentos aos comentários, ouvidos aleatoriamente. A vovó não consegue segurar o riso, mas há uma boa intenção nisso.
Acho maravilhoso esse jeito de educar e ensinar a ter traquejos com a economia doméstica, pois a família é uma empresa.
Para eles, representa um crescimento que lhes impinge responsabilidade. E é assim que vai se esculpindo o caráter, os sentimentos e o endereçamento ao futuro que os espera.
Com certeza, tudo está sendo guardado no arquivo da memória para repasse futuros, pois a vida é cíclica.
Com certeza, tudo está sendo guardado no arquivo da memória para repasse futuros, pois a vida é cíclica.
Parabéns aos pais/mestres e aos alunos/filhos!
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