PLANTIO

PLANTIO
PLANTIO
(Genaura Tormin)

Deus,
Senhor dos mares e montes,
Das flores e fontes.
Senhor da vida!
Senhor dos meus versos,
Do meu canto.

A Ti agradeço
A força para a jornada,
A emoção da semeadura,
A alegria da colheita.

Ao celeiro,
Recolho os frutos.
Renovo a fé no trabalho justo,
Na divisão do pão,
. E do amor fraterno.

segunda-feira, 30 de junho de 2014

RÉQUIEM PARA IRMÃ ISAURA


(Irmã Isaura: a 4a. da 3a. fileira, a mais alta)

RÉQUIEM PARA IRMÃ ISAURA
(Genaura Tormin)


Ela se foi em paz! Sutil, como num farfalhar de asas, num vôo sereno partiu para o Infinito. Sequer despediu-se. Talvez tenha sido chamada para outras missões junto ao Criador de Vidas. Quem sabe para cuidar de outras crianças?

Irmã Isaura sabia que o único segredo da vida era o amor, e o exerceu com galhardia: serviu e compreendeu, perdoou e renunciou. Fez votos de pobreza. Nada exigiu, superando-se pela dedicação ao próximo. Foi uma servidora abnegada, uma guardiã da humildade. Dedicou-se ao Ministério do amor, sob a égide do hábito de Missionária de Jesus Crucificado por mais 60 anos. Era a educadora de almas, a mãe zelosa de muitos órfãos. Uma grande mulher! Um espírito evoluído que ofereceu ao porvir o alicerce da dignidade, da coragem e do trabalho despretensioso. Sua passagem pela vida foi uma doação ao bem, à Deus. Suas palavras sempre foram holísticas.

Ela tinha necessidade de compartilhar, ajudar, doar-se...

Na mente bailava-lhe a vida, a vontade de superar o tempo, driblar os anos, o que a tornava uma jovem senhora de terceira idade ou de todas as idades. Agradável, culta e moderna. Uma pessoa linda, inteligente, otimista, uma boa mestra, uma boa mãe, uma boa amiga. Usava palavras certas e deixava o seu recado sempre matizado de carinho, de afeto, que só ela sabia tão bem escolher a policromia.

Ela partiu, mas suas pegadas ficarão como herança, como história da Congregação que teve o privilégio de possuir tão digna cidadã, tão digna religiosa. Embora habitante da Terra, ela conseguiu abarcar o Universo no soerguimento de vidas. Quantos filhos alheios embalou, quantas crianças criou sem nenhum retorno financeiro, apenas por amor. Como ninguém, ela entendia o 2° mandamento da Lei de Deus: “Amar ao próximo como a si mesmo.”

Irmã Isaura, era uma mestra!
Que criatura especial! Com os cabelos branquinhos e a alma jovial, ela quebrava a aspereza do cotidiano, embelezava os momentos, cativando pessoas e espargindo carinho. Seu discurso, o sorriso, devolviam-nos sempre a paz, a vontade de viver. Aliás, ela era o símbolo da vida.

Sua passagem pela vida e a relevância dos seus feitos serão marcas inesquecíveis. Sua lembrança atravessará o tempo e ela continuará a acalentar os filhos de seu coração, a ensinar o amor, aliviar a dor, exaltar a paz...

Irmã Isaura construiu muralhas de afetividade e se fez benquista entre todos os que tiveram o privilégio de conhecê-la. O seu carisma, o seu jeito de ser, a presteza sempre perene, o afeto, tornar-se-ão lembranças indeléveis que nos concitarão ao BEM, gestor do nosso processo evolutivo rumo à Casa do Pai.

Haverá sempre uma cadeira vazia, uma lacuna entre nós. Uma saudade eterna.
Cumpriu-se a vontade do Senhor. Era chegada a sua hora. Os meios foram, apenas, instrumentos a serviço da Lei Maior. O corpo físico é somente uma vestimenta do espírito quando em missão por este planeta. Isso quer dizer que não morremos, apenas trocamos de vestimenta, na hora certa, no momento exato.

O Criador nos fez à sua imagem e semelhança. Não seria justo que fôssemos apenas matéria finalizada numa tumba fria. O Senhor sabe o que faz!

A Irmã Isaura Rodrigues de Oliveira foi um presente de Deus, uma trabalhadora do amor, uma mestra aguerrida, uma pregoeira do bem. A ela, o nosso preito de gratidão e saudade.

A ternura do olhar, a doçura do coração, dispostos sempre a ajudar, com certeza, estarão a colorir o Cosmos, a endereçar a Terra os seus ensinamentos de amor.

Mensagem prestada por Genaura Tormin, durante a missa de 7o. dia.

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Sejam bem vindos!
Vocês alegram a minh'alma e meu coração.

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Era uma luz no fim do túnel e eu não podia perder.
Era a oportunidade que me batia à porta.
Seria uma Delegada de Polícia, mesmo paraplégica!
Registrei a idéia e parti para o confronto.
Talvez o mais ousado de toda a minha vida.
Era tudo ou NADA!
(Genaura Tormin)



"Sou como a Rocha nua e crua, onde o navio bate e recua na amplidão do espaço a ermo.
Posso cair. Caio!
Mas caio de pé por cima dos meus escombros".
Embora não haja a força motora para manter-me fisicamente ereta, alicerço-me nas asas da CORAGEM, do OTIMISMO e da FÉ.

(Genaura Tormin)