PLANTIO

PLANTIO
PLANTIO
(Genaura Tormin)

Deus,
Senhor dos mares e montes,
Das flores e fontes.
Senhor da vida!
Senhor dos meus versos,
Do meu canto.

A Ti agradeço
A força para a jornada,
A emoção da semeadura,
A alegria da colheita.

Ao celeiro,
Recolho os frutos.
Renovo a fé no trabalho justo,
Na divisão do pão,
. E do amor fraterno.

sábado, 18 de agosto de 2012

PÁSSARO SEM ASAS?


PÁSSARO SEM ASAS?

Alcione Novaes dos Santos


Eu li: a mulher decola seu voo,
conquista espaços além,
sobrepuja limites.

Não há fronteiras
entre ser e querer:
querer é ser, já,
e o tempo é matéria presente,
pleno de desejos, sonhos
- arquitetura do mundo na palma da tua mão,
ó generosa mão, Genaura.

Eu vi: tua dor é a dor do homem,
enfim redimido,
redimensionado,
alçado, por tuas asas feitas de puro esplendor,
à infinitude da alma.

A mesma alma que sofre,
recua, avança,
teme... e ousa,
curva-se, e arriba,
constrói, soergue o homem
e o liberta de si mesmo:
tantos os grilhões.

Tuas asas são a tua alma, Genauríssima
( permita-me o superlativo - se ele é possível ).
E tua alma ainda soa em mm,
audazes badalos nos tímpanos acovardados,
minhas retinas de ver-para-não-ver.

O próximo em ti é mais que próximo:
é quase tu, Mulher alada,
tu que te transmutas no outro
a perscrutar-lhe escaninhos,
sondar, nele, a dor que também é tua,
por pura compaixão de viver.

Se o poeta escreve como quem morre,
Tu vives como quem morre:
cada instante é uma benção,
uma luz insuportavelmente última,
e teu momento veste-se, sempre,
de intensidade, magia, alumbramento.

Mas não é a morte o teu lume -
bem o sabemos.
Porque és Vida, Genaura,
gênese da luta,
da esperança, e da fé.

Teus pés fincaram a história de quantos
te descobrirem,
não duvides.

Li, mais: o livro não é só livro,
e a palavra não é verbo,
paramentos de signos.

O livro é energia,
é Deus quem o escreve
pela mão de um testemunho
de Sua grandeza.

Por isso o faz solene,
no princípio sôfrego,
depois livre, poderoso, doce, solidário, irmão.

Eu vi, Genaura Tormin:
tua nudez não me constrange,
tampouco me apieda;
Antes revela-me universos esquecidos,
virgens do meu pouco saber,
intocados.

Obrigado, Doutora Genaura Maria da Costa Tormin.

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Era uma luz no fim do túnel e eu não podia perder.
Era a oportunidade que me batia à porta.
Seria uma Delegada de Polícia, mesmo paraplégica!
Registrei a idéia e parti para o confronto.
Talvez o mais ousado de toda a minha vida.
Era tudo ou NADA!
(Genaura Tormin)



"Sou como a Rocha nua e crua, onde o navio bate e recua na amplidão do espaço a ermo.
Posso cair. Caio!
Mas caio de pé por cima dos meus escombros".
Embora não haja a força motora para manter-me fisicamente ereta, alicerço-me nas asas da CORAGEM, do OTIMISMO e da FÉ.

(Genaura Tormin)