UM ANO SEM AMOR
(Genaura Tormin)
Lembranças de um tempo que ainda eclode no meu coração desavisado
e ainda tão machucado!
Eu não fui avisada.
Não houve acordo nem aviso prévio e nem despedidas!
Tudo, tão de repente! Sem recomendações, sem agendamentos!
Simplesmente uma ida sem volta, uma janela aberta e uma saudade eterna.
E o tempo célere contabiliza os dias.
Já faz um ano que esse amor partiu para não mais voltar! O meu marido!
Meu parceiro de tantas jornadas!
Eis-me sem dono e sem companhia!
Eu não me formei em solidão!
Não tinha essa matéria no meu currículo.
Minha casa está grande e fria! Estamos no outono!
As flores murcharam, caíram ao relento do frio,
do vento, do tempo e do meu coração ferido.
E aqui estou eu!
Resta-me seguir!
Há uma grande fila indiana, na qual há muito estamos listados,
de mochilas às costas para o embarque.
O que alenta é que não há finitude nesse processo, mas apenas transição.
Somos eternos!
A farda de carne perece, como uma veste gasta e obsoleta que se fragmenta pelo caminho.
Assim, o espírito, feito uma borboleta, alçou seu voo ao infinito de onde partiu um dia, aportando em terras brasilianas, especialmente para que eu seguisse com ele nesse jornadeio de experiências e crescimentos.
Sou agradecida!
Acredito que crescemos e propagamos a espécie!
Meu lema é foco, força e fé!
Sigo resoluta e firme!
Hasta luego, meu amor!
Me emocionei!
ResponderExcluirSenti saudades junto com você. Lembrei do meu pai.
Sabemos que partiremos, mas quando alguém se vai, a saudade é imensa.
bjs