NOVAMENTE FAÇO ANIVERSÁRIO
(Genaura Tormin)
Setenta e um anos,
Bem vividos.
Não omito a minha idade.
Legado de muita luta
Que significa felicidade.
O espelho já não é o mesmo.
Não me aplaude sorridente!
As marcas se estampam
Feito pérolas diferentes.
O rigor do tempo
Verga-me a silhueta,
Mas eretas estão a alma e a coragem,
Para concluir com galhardia
Essa viagem.
A valentia é a minha arma,
O otimismo, o guia
E o amor me redime
No dorso da poesia.
Muitos mestres
Ensinaram-me a viver!
Do trabalho fiz prece,
Refúgio, meta, rumo,
Escadas para a dignidade.
Sai pela compulsória!
Para descansar,
Tenho a eternidade.
Quantos aniversários ainda farei?
Irmã da natureza,
A existência é finita!
Perece para renascer.
Posto-me de joelhos
E agradeço.
É o meu aniversário!
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